7 December 2017 -
De 11 a 13 de dezembro, a Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, recebe mais uma edição do Lixômetro. Serão quatro recipientes confeccionados em policarbonato cristal, cada um medindo 2m², que receberão os resíduos de varrição recolhidos de segunda a quarta-feira pelos garis. O objetivo da ação é alertar a população sobre o volume de lixo que todos os dias vai parar no chão de ruas e avenidas, sujando a cidade e aumentando os riscos de doenças e alagamentos.
Os cidadãos podem conversar com os técnicos de Mobilização Social da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) na tenda “Conversando com a SLU”, montada ao lado do Cine Theatro Brasil Vallourec.
A SLU está realizando uma campanha educativa com pedestres, motoristas, comerciantes, além do público que frequenta os condomínios residenciais e hotéis da região. Nos semáforos, serão realizadas ações de sensibilização para a educação ambiental com a participação dos garis que estão em contato direto com o dia a dia da limpeza da capital. Quem passar pela praça ainda poderá conferir uma exposição de fotos sobre a limpeza urbana, as apresentações dos Garis do RAP e do Grupo Teatral Gerlúdico. As ações começam às 8h e devem durar até as 11h30.
Histórico
Em 2011, o Lixômetro fez sua estreia na Praça Sete. No mesmo ano, a iniciativa foi estendida para a região da Pampulha, na orla da lagoa, quando o recipiente serviu de abrigo para toneladas de cocos. No ano seguinte, as caixas transparentes foram instaladas na Praça Duque de Caxias, em Santa Tereza, para alertar moradores, donos de bares, restaurantes e demais estabelecimentos da região sobre a importância de descartar corretamente os resíduos que eles mesmos produziam. Ainda em 2012, o Lixômetro se transformou em Reciclômetro, quando foi colocado na área interna do campus da UFMG, durante o processo de revitalização da coleta seletiva da universidade.
Segundo a pedagoga da SLU Vitória Cavalieri, o lixo não pode ser tratado com descaso. É um assunto sério que influencia diretamente a vida desta e de outras gerações. “Queremos que as pessoas reflitam, de forma crítica, sobre a responsabilidade de cada um no cuidado com a cidade e o planeta. Mas, para isso, precisamos do apoio da população para que o trabalho de limpeza tenha resultados efetivos, que a cidade permaneça bonita, agradável e, principalmente, segura. Afinal, todos nós sabemos que lixo atrai vetores de doenças e agrava os efeitos negativos da chuva, aumentando o perigo de enchentes”, lembra.
Para Ana Paula da Costa Assunção, chefe do Departamento de Política Sociais e Mobilização da SLU, apesar do grande investimento feito em limpeza urbana e em especial no local onde será realizado o evento, ainda é necessário avançar muito na conscientização sobre a correta destinação do lixo e a utilização adequada de lixeiras e cestos coletores. “O Lixômetro vai evidenciar o papel de cada um de nós na manutenção de uma cidade mais limpa”, garante.
Limpeza quatro vezes ao dia
Por dia, são três toneladas de resíduos recolhidas do chão da Praça Sete. O quarteirão fechado da praça é limpo pela manhã, próximo ao horário de almoço, à tarde e à noite. Mesmo sendo bem curto o tempo entre uma ação e outra, as turmas da limpeza encontram sempre muito lixo espalhado pelas vias. Por ali, circulam diariamente cerca de 400 mil pessoas, entre moradores e visitantes.
Boa parte das 60 lixeirinhas instaladas no entorno do Pirulito e quarteirões fechados permanece vazia, enquanto é possível avistar sacos plásticos, papéis e outros resíduos leves sendo levados pelo vento e invadindo a avenida Afonso Pena. Muitas vezes, o lixo acaba indo parar nas bocas de lobo, que são desobstruídas a cada 15 dias. A capital possui 26 mil cestos coletores para resíduos leves.
Limpeza pesada
Embora a Praça Sete receba serviços de lavação semanalmente, pelo menos uma vez por ano, a área referente aos quatro quarteirões ao redor do Pirulito é atendida por uma ação especial de limpeza. Nesta sexta-feira, dia 8 de dezembro, das 7h ao meio-dia, 30 garis estarão lavando o piso, as lixeirinhas, as estruturas metálicas e os postes. Serão utilizados 60 mil litros de água e dois caminhões-pipa. Haverá remoção de propaganda irregular e de pichações mais leves.