Ele já é conhecido em quase todas as escolas municipais de Belo Horizonte, e tem passagens também pelas redes de ensino estadual e particular. O cachorro Schumacher é o animal que mais se destaca nas apresentações do Grupamento de Operações com Cães da Guarda Municipal de Belo Horizonte. Somente neste ano já foram 68 “visitas” a escolas.

Na companhia dos outros sete cães que compõem a matilha, o animal da raça Border Collie, cujo nome é uma homenagem ao ex-piloto e heptacampeão da Fórmula 1, faz parte de um time importante para divulgar as ações da Guarda Municipal. “Ele interage com as crianças e com os instrutores de uma forma incrível, cumprindo um importante papel na divulgação das ações preventivas da Guarda Municipal”, ressalta o agente Wesley Lopes, que atua como treinador dos cães.

O xodó do canil tem três anos, é dócil e gosta de interagir com as crianças. A chegada do Grupamento de Operações com Cães nas escolas públicas e particulares é marcada por um show de acrobacias, quando Schumacher passa a atrair todos os olhares já na parte dos saltos com obstáculos.

E a presença do grupo nas escolas tem se tornado cada vez mais constante. Somente entre janeiro e novembro de 2019 foram realizadas 68 apresentações em escolas municipais, estaduais e da rede privada. Durante todo o ano passado foram realizadas 20 ações educativas e apresentações.

O trabalho desenvolvido nas escolas consiste na interação dos alunos com os cães, no esclarecimento sobre qual é o papel da Guarda Municipal como integrante das forças de segurança pública e em palestras educativas voltadas para a importância do respeito aos animais.


Várias raças


O Grupamento de Operações com Cães da Guarda Municipal possui um total de oito animais, sendo os outros sete cachorros das raças pastor Alemão, pastor Belga Malinois, Border Collie, Golden Retriever e Rottweiler. Cada animal é utilizado em uma atividade específica da corporação, de acordo com as características individuais e de sua raça.

Segundo o guarda municipal Anderson Fernandes, há um cuidado especial com cada animal, onde cada cão recebe um treinamento particularizado, de acordo com a modalidade do trabalho que executa no grupamento da corporação. “Temos os cães que são utilizados nas apresentações popularmente conhecidas como Dog Shows. Outros são adestrados para atuar no patrulhamento preventivo de estações, praças, parques, entre outros equipamentos do município, sendo esses animais treinados de forma pouco diferente, com base no que a atividade requer dele”, explica.


Sem truculência


Uma equipe composta por adestradores, tratadores, condutores de cães e figurantes (que simulam ataques ou agem como se fossem suspeitos em fuga) se desdobra para garantir o acolhimento, cuidado e treino que eles necessitam para estarem aptos a agir nas ruas. Cabe aos tratadores, por exemplo, acompanhar de perto a rotina do cão, o que significa observar como o animal está se alimentando, dormindo e o seu desenvolvimento de forma geral.

O uso dos cães possibilita reduzir o impacto negativo da abordagem policial, sobretudo em locais públicos, como praças e parques, onde a presença de jovens, crianças e idosos é frequente. A aproximação do guarda de um cidadão em atitude suspeita acaba ocorrendo de forma mais discreta e ágil, tornando o patrulhamento mais seguro até para o próprio agente de segurança. A característica das raças é fundamental no momento da escolha dos cães para cada tipo de patrulhamento, já que os animais têm sido utilizados também nas rondas em estações de ônibus e em grandes eventos.