Pular para o conteúdo principal

Bolsa Pampulha inicia atividades abertas ao público
Foto: Randolpho Lamonier/Divulgacão

Bolsa Pampulha inicia atividades abertas ao público

criado em - atualizado em

A Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Viaduto das Artes, iniciam a programação de atividades presenciais e abertas ao público que integram a 8ª edição do Bolsa Pampulha. Ao longo do programa de residências artísticas do Museu de Arte da Pampulha (MAP), várias palestras, mesas redondas e encontros com artistas serão realizados, de forma a incentivar e instigar a produção artística local. O primeiro deles ocorre no próximo sábado, dia 14, às 14h, na Casa do Baile – Centro de Referência em Arquitetura, Urbanismo e Design, e conta com a presença dos curadores dessa edição do Bolsa Pampulha, Raphael Fonseca e Amanda Carneiro. Em seguida, o programa recebe a curadora e diretora artística do Instituto Inhotim, Julieta González. O encontro será realizado no dia 23 de maio, às 19h, no Museu da Moda (MUMO). A entrada para as duas atividades é gratuita. Outras informações podem ser encontradas no site pbh.gov.br/bolsapampulha.

 

Os encontros

 

Uma das características marcantes do Bolsa Pampulha é seu caráter formativo, por isso a série de atividades se inicia no dia 14 de maio com a roda de conversa com os curadores Raphael Fonseca e Amanda Carneiro. Durante o encontro, a dupla irá debater a respeito de suas experiências curatoriais, linhas de pesquisa e a interseção entre curadoria, história da arte, crítica e educação. Também irão descrever suas atuações em importantes instituições, como MAC Niterói, Denver Art Museum, Museu Afro Brasil e MASP. Ambos curadores possuem prodigiosa trajetória no cenário curatorial nacional, além de experiências internacionais relevantes.

 

Raphael Fonseca é pesquisador da interseção entre curadoria, história da arte, crítica e educação. Doutor em Crítica e História da Arte pela UERJ (2016). Mestre em História da Arte pela UNICAMP (2012). Graduado e licenciado em História da Arte pela UERJ (2009). Trabalhou como curador do MAC Niterói entre 2017 e 2020. Atualmente é curador associado de arte moderna e contemporânea latino-americana no Denver Art Museum (desde janeiro de 2021). Além disso, atua como professor no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro (desde 2010).

 

Amanda Carneiro é bacharela em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP) com intercâmbio realizado na Universidade Eduardo Mondlane (UEM) em Moçambique. Mestre em História Social (USP) com pesquisa sobre gênero, iconografia e anti colonialismo. Foi bolsista no programa de cooperação internacional da Fundação Cultural Prussiana no Museu Etnológico de Berlim, Alemanha. Foi educadora e auxiliar de coordenação no Museu Afro Brasil, entre 2012 e 2017. Concebeu e co-coordenou o projeto ÍRÈTÍ - Formação em cultura negra para Educadores. É fellow das Nações Unidas (ONU) para a década afrodescendente (2014-2025). Atualmente é editora colaboradora da Revista Afterall e curadora assistente no MASP, onde curou a exposição "Sonia Gomes: ainda assim me levanto", em 2018. Participou do BBX - Crit Sessions, da 10° Bienal de Berlim (2018), na Alemanha, e do Tate Intensive (2019), da Tate Modern, em Londres.

 

Igualmente imperdível, o segundo encontro do programa irá receber a presença de Julieta González, atual curadora e diretora artística do Instituto Inhotim, um dos maiores museus a céu aberto do mundo e expoente internacional no cenário da arte contemporânea. Na oportunidade, Julieta irá compartilhar sua experiência no Inhotim, planos futuros para o museu, além de falar sobre importantes projetos curatoriais por ela desenvolvidos em museus, como Tate Modern, Museu Tamayo e MASP. O encontro será realizado no dia 23 de maio, às 19h, no Museu da Moda (MUMO), com entrada gratuita.

 

Julieta González é curadora e pesquisadora que trabalha na intersecção da antropologia, cibernética, arquitetura, ecologia, ambiente construído e artes visuais. Ocupou cargos de curadoria na Tate Modern, Museo Tamayo, Museu de Arte de São Paulo (MASP), The Bronx Museum, Museo de Bellas Artes de Caracas, entre outros, e atualmente é Diretora Artística do Instituto Inhotim. Ela organizou e co-organizou mais de 60 exposições, incluindo pesquisas com os artistas Juan Downey, Jaime Davidovich, Franz Erhard Walther, Stephen Willats, Rita McBride, Jac Leirner, Gego, Lina Bo Bardi e Francisco Brennand, bem como vários grupos de pesquisa exposições, entre as quais Memórias do Subdesenvolvimento, que pesquisaram as primeiras instâncias da estética decolonial na América Latina. Julieta estudou arquitetura em Caracas e em Paris entre 1986 e 1993. Possui mestrado em Estudos Culturais e Teoria Crítica pela Goldsmiths, University of London (2013), e foi fellow em estudos de curadoria no programa Helena Rubinstein, do The Whitney Museum.