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Biofábrica de joaninhas e meliponários colocam BH na rota do turismo sustentável
Divulgação/PBH

Biofábrica de joaninhas e meliponários colocam BH na rota do turismo sustentável

criado em - atualizado em

Representantes da Agência Brasileira de Promoção Internacional ao Turismo (Embratur) visitaram o Centro de Educação Ambiental do Parque do Mangabeiras (CEA Mangabeiras) para conhecer dois projetos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA): a Biofábrica de Joaninhas e o Meliponário. O objetivo da Embratur é analisar o potencial do CEA Mangabeiras como rota do turismo sustentável.

“Temos um direcionamento claro para apoiar o turismo regenerativo no Brasil, e poder conhecer a Biofábrica de Joaninhas e Crisopídeos é uma honra para a gente”, afirmou Paulo Albuquerque, assessor da Embratur. Ele se encantou com a experiência de ver de perto o processo de reprodução desses insetos, fundamentais para a manutenção da biodiversidade.

“É uma honra para a gente entender mais sobre a função biológica desses insetos, como eles podem ajudar no controle de pragas, como são importantes. E o desafio agora é trazer isso para o universo turístico, sobretudo para o turista internacional, poder ver esse trabalho que é feito por tanta gente capacitada com base na ciência na cidade de Belo horizonte”, disse Albuquerque.

A visita foi acompanhada por representantes da Belotur. “Foi importante para o fortalecimento de Belo Horizonte como destino sustentável. Compreender a biofábrica tem uma relação direta com a questão da segurança alimentar na cidade. E sendo a cidade criativa da gastronomia, que envolve toda a questão da cultura alimentar de Belo Horizonte, a biofábrica tem uma ação direta na manutenção das hortas urbanas, que muitas vezes fornecem alimentos para os bares e restaurantes. Entender e fortalecer essa cultura alimentar é importante para o turismo da cidade, reforçando o título de cidade criativa da gastronomia”, avalia Márcio Ribeiro, assessor da Diretoria de Políticas de Turismo e Inovação da Belotur.

Controle biológico

Instalada na Casa Amarela, no Parque das Mangabeiras, a Biofábrica de Joaninhas e Crisopídeos funciona como um laboratório onde os insetos são criados para se reproduzir e promover o controle biológico de pragas, uma forma natural e alternativa ao uso de produtos químicos em áreas de cultivo e jardins. Nesse espaço, eles se desenvolvem com dieta e temperatura controladas, são colocados para acasalar e seus ovos e larvas recebem cuidados para completar o ciclo até atingir a fase adulta.

No local também há atividades de educação ambiental. A equipe de profissionais oferece palestras e exposições para divulgação da importância desses "amigos naturais", sua correta utilização e preservação da fauna nas cidades.

Já os meliponários mantêm as abelhas tanto para polinização de plantas e árvores (essencial para a agricultura e a preservação socioambiental) quanto para educação ambiental. Nesses locais, a Prefeitura de BH oferece, por exemplo, oficinas para aprender a fazer iscas-pet, para atrair enxames de abelhas sem ferrão em casa e, dessa forma, possibilitar a polinização de áreas verdes próximas. Além disso, o meliponário é importante para a conservação dessas espécies, muitas ameaçadas devido à perda de habitat e à degradação ambiental.

Atualmente, a Prefeitura gerencia cinco meliponários: o pioneiro, na Biofábrica do Parque das Mangabeiras; no CEA Propam, na Pampulha; no Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, no Horto; no Cemar, no Estoril; e na Fundação Zoobotânica e Jardim Zoológico, também na Pampulha.