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Biofábrica chega à marca de 110 mil joaninhas distribuídas em Belo Horizonte
Foto: PBH/ Divulgação

Biofábrica chega à marca de 110 mil joaninhas distribuídas em Belo Horizonte

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A Prefeitura de Belo Horizonte segue investindo em desenvolvimento sustentável ao alcance da comunidade. Uma prova disso é que, de acordo com balanço da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a Biofábrica de Joaninhas produziu e distribuiu, até o fim de 2022, 110 mil insetos à população. 

 

Instalada na Casa Amarela, no Parque das Mangabeiras, a biofábrica funciona como um laboratório onde os insetos são criados para se reproduzir e promover o controle biológico de pragas - uma forma natural e alternativa ao uso de agrotóxicos em áreas de cultivo e jardins. Nesse espaço, eles se desenvolvem com dieta e temperatura controladas, são colocados para acasalar e seus ovos e larvas recebem cuidados para completar o ciclo até atingir a fase adulta.

 

As joaninhas e crisopídeos podem combater, de forma natural, populações de organismos indesejáveis em hortas, jardins, pomares e arborizações. Elas são insetos carnívoros que comem larvas de pragas como lagartas, pulgões e moscas brancas. 

 

Inspirada em um modelo desenvolvido pela Prefeitura de Paris, onde eles distribuem larvas de joaninha para acabar com insetos que danificam jardins públicos, a Biofábrica de Joaninhas e Crisopídeos foi uma iniciativa que começou em 2018 em Belo Horizonte, no objetivo de produzir em massa esses insetos que fazem o controle biológico de pragas em áreas verdes e hortas urbanas, sem demandar o uso de agrotóxicos ou pesticidas.

 

A princípio, os organismos produzidos começaram a ser utilizados na cidade, na recuperação de serviços do ecossistema em ambientes urbanos, gerando produção de alimentos, matérias-primas, renovação de recursos hídricos, beleza cênica, redução de poluição, entre outros. Depois, passaram a ser entregues sob demanda popular, de forma que quem se interessar por adquirir os kits pode se inscrever, por meio do Portal de Serviços e fazer a retirada. 

 

A estratégia, inclusive, já foi reconhecida e premiada. A iniciativa de sucesso já foi pauta em painéis da FutureCom - evento internacional de inovação; concorreu por 3 vezes consecutivas ao World Smart City Awards, saindo finalista de todas as edições; e participou, em 2019, de um intercâmbio científico na cidade de Caen, na França, para tratar dos resultados da implantação por aqui. Além disso, ela inspira projetos de sustentabilidade ao redor do país, recebendo visitas de técnicos que têm o interesse de multiplicar a ideia para outros lugares, criando suas próprias biofábricas de insetos.

 

Para o secretário municipal de Meio Ambiente, Mário Werneck, o sucesso da iniciativa corrobora o propósito de Belo Horizonte em criar soluções baseadas na natureza para responder às demandas da cidade: "Por meio da ação dos insetos produzidos na Biofábrica, cada pessoa pode cultivar, em suas próprias hortas, alimentos agroecológicos e livres de qualquer produto químico. Esse é um pequeno exemplo do que Belo Horizonte planeja e desenvolve no viés da sustentabilidade, e dos diversos projetos que administramos ao longo do ano. O êxito dessa iniciativa mostra um olhar sensível da administração para o meio ambiente, a agroecologia, a segurança alimentar e qualidade de vida da população", afirma.