Foi encerrada a 48ª BH Itinerante, que a cada edição oferta gratuitamente 40 vagas para pessoas com mais de 16 anos no curso de extensão em Educação Ambiental. Com carga horária de 92 horas, forma agentes ambientais que percorrem diferentes territórios de Belo Horizonte com o apoio do Expresso Ambiental, ônibus adaptado para ações educativas da Diretoria de Educação Ambiental (Deam), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. São abordadas metodologias interativas, lúdicas e coletivas em temas fundamentais, como os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), Agenda 21, ambiente urbano, redes socioambientais e políticas públicas.

A cerimônia de encerramento foi marcada por trocas afetivas, partilhas de experiências e a reafirmação do papel de cada cidadão na construção de uma cidade mais sustentável, justa e integrada. Criado a partir de uma demanda popular, o BH Itinerante convida seus participantes a olharem para a cidade como território de ensino, memória e transformação.

Além das 40 vagas, é dada oportunidades para monitoria voluntária. O curso combina teoria e prática e propõe a realização de atividades finais em grupo, abertas à comunidade, como oficinas ou travessias de educação ambiental. A gerente de Programas e Projetos Educacionais, Ana Dumbá, celebrou o amadurecimento do projeto e destacou a potência do grupo recém-formado.

“O BH Itinerante é uma das iniciativas mais importantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, pois leva as pessoas a vivenciar, na prática, o que significa cuidar do meio ambiente. Ao sair da sala de aula e percorrer o território, os participantes compreendem, de forma concreta, a relação entre natureza, cidade e qualidade de vida. É essa experiência direta que forma agentes ambientais mais conscientes e preparados para atuar em suas comunidades”, ressalta Ana Dumbá.

Cursistas compartilharam relatos de transformação pessoal e comunitária. Para muitos, o curso significou um reencontro com sua própria história e com os espaços da cidade. Uma das participantes, Eliane Lemos escreveu uma crônica chamada “Ecossistema Poético”. “Vivenciamos, na prática, que a construção do saber acontece na colaboração mútua, na força do grupo e na comunicação entre nossas raízes entrelaçadas. Cada uma de nós leva em seu corpo de caule, folhas e raízes a memória do que vivemos, a leveza do aprendizado e a conexão com esse solo fértil que cultivamos juntos. Nossa florestinha não termina hoje. Seguimos agora como árvores a espalhar sementes poderosas para germinar novas ideias por aí”, descreve.

Com o encerramento desta edição, o BH Itinerante reafirma sua missão de formar lideranças ambientais, ampliar o repertório cidadão e estimular ações concretas de cuidado com o território urbano. E a expectativa já é grande para a próxima edição, prevista para o segundo semestre.