3 December 2018 -
Em função do trabalho desenvolvido em campo, Belo Horizonte está sediando um encontro para elaboração do protocolo de implementação do estudo piloto para o controle do mosquito Aedes aegypti. Realizado de 3 a 5 de dezembro na capital mineira, o encontro conta com a participação de representantes da Organização Pan-americana de Saúde, Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), e das prefeituras de Belo Horizonte, Natal e Foz do Iguaçu. A partir dos resultados obtidos nas experiências dessas cidades, novas estratégias serão analisadas para que áreas de maior risco para a doença sejam priorizadas, com o uso mais eficiente dos recursos disponíveis, com vista a obter melhores resultados no controle do vetor.
O subsecretário municipal de Promoção e Vigilância em Saúde de Belo Horizonte, Fabiano Pimenta, e o representante da Organização Pan Americana de Saúde, Giovanini Coelho, estarão à disposição da imprensa às 10 horas, na sede da Secretaria Municipal de Saúde (Afonso Pena, 2336, sobreloja).
Fabiano Pimenta explica que, para implementar a nova estratégia, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte vai usar a estratificação de risco para priorizar as ações de combate. “As ações rotineiras poderão sofrer ajustes tanto na sua intensidade quanto na oportunidade. Ou seja, ações mais rápidas com maior concentração de esforços e de recursos humanos em uma determinada área, a partir da interpretação desses indicadores, tanto de presença do vetor como da ocorrência da doença. Nosso esforço é tentar prevenir ao máximo possível as epidemias. Outro empenho é a ampliação e incorporação de novas tecnologias”, destacou.
A Organização Pan-americana de Saúde está apoiando a realização de estudos em cidades das Américas. De acordo com o assessor do Programa Regional de Entomologia em Saúde Pública e Controle de Vetores da Organização Pan-americana, Giovanini Coelho, com a elaboração dessa metodologia, haverá um novo olhar sobre as diferenças de cada município. “Foi elaborado um protocolo de referência que vai ser apresentado nesses encontros. A partir daí já vamos traçar propostas para iniciar as ações. A depender dos resultados, esse piloto vai se constituir em uma diretriz que a Organização Pan-americana vai propor aos países de forma geral”, contou.
Em Belo Horizonte, a ocorrência de casos de dengue e das outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti é monitorada de forma contínua através de análises epidemiológicas e mapas de ocorrência de casos. As informações são atualizadas semanalmente, indicando as áreas de abrangência com maior concentração de casos suspeitos e confirmados.
Todo esse esforço foi determinante para que a cidade fosse a sede das discussões sobre o combate ao Aedes aegypti com a Organização Pan-americana de Saúde. “Nós temos uma tradição no combate às arboviroses. A Prefeitura de Belo Horizonte apoia essas atividades com muito zelo. O município gasta, por mês, mais de um milhão de dólares para combater o mosquito. Esse é um esforço que realizamos para que a cidade não volte a ter epidemias como aconteceu em 2016”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto.