1 November 2019 -
O programa Vida no Trânsito, do Governo Federal em parceria com os estados, recebeu o prêmio da Força-Tarefa Interagências, da ONU, pela redução do índice de mortes por acidentes de trânsito. A iniciativa tem como meta principal a redução de 50% no número de óbitos por acidentes de trânsito até 2020. Belo Horizonte, ao lado de Aracaju, São Paulo e Salvador, está entre as cidades que conseguiram uma redução desse índice superior a 40%. Entre 2009 e 2018 a redução do número de mortes no trânsito foi de 60,76 %.
O relatório de acidentes de trânsito do Município, referente ao ano de 2018, feito pela BHTrans e Prodabel, em parceria com a Secretaria de Estado de Defesa Social, mostra que os números de acidentes, vítimas fatais e atropelamentos apresentaram queda em relação a 2017, o que reforça o cenário de redução nos últimos dez anos.
Em relação a 2017, a queda no total de acidentes, 4,79%, o total de vítimas, 4,33%, e as vítimas fatais, 6,61%, mostra uma tendência anual que, quando se avalia a última década, representa uma redução de 60,76% de óbitos. Os dados relativos a atropelamentos também expressam esse cenário positivo de queda de 8,50%, em relação a 2017, e 52,05%, nos últimos dez anos. É importante avaliar que a frota de veículos cresceu 67,23% e a queda no número de vítimas fatais e de atropelamentos superou 50%.
Motociclistas
Embora nos últimos dez anos o número de motocicletas envolvidas em acidentes tenha reduzido 15,74% e vítimas fatais em 43,24%, na comparação entre os anos de 2017 e 2018, esses dados se mantiveram praticamente estagnados. Os motociclistas são foco de diversas ações realizadas pela BHTrans, de educação à estrutura viária, como a instalação de Motoboxes. As 42 vítimas fatais, entre os motociclistas, representam 37% do total de 113 mortos no trânsito da capital em 2018.
O trabalho da Prefeitura, por meio da gerência de Educação da BHTrans, tem contribuído com a queda no número de vítimas em acidentes. São realizadas campanhas educativas, ações de engenharia de trânsito, como o Mobicentro, melhorias nos tempos semafóricos e implantação de fiscalização eletrônica, entre outras intervenções.
Dados de implantações
Belo Horizonte conta com 3.524 travessias semaforizadas, sendo que 80% (2.819) são travessias com foco para pedestres. Atualmente há 269 radares de avanço de semáforo e 122 radares de velocidade. Em 2019 já foram implantados:
- Novas travessias com foco de pedestre: 56
- Pintura de travessias de pedestres na área central: 26
- Pintura de travessias seguras nas escolas: 25
- Rampas de acessibilidade nas calçadas: 129
- Redutores de velocidade (quebra-molas): 72
Educação para o trânsito
No Circo Transitando Legal a equipe de teatro e agentes interagem com as crianças e estimulam a reflexão sobre a importância de adotar comportamentos seguros no trânsito, ensinam como funcionam os semáforos, a sinalização e o transporte coletivo. Com brincadeiras, as crianças aprendem a usar as faixas de pedestres, a evitar o uso do celular durante a travessia, andar de bicicleta e até soltar pipa com segurança. Participam por ano mais de três mil crianças, entre 8 e 10 anos, que cursam o Ensino Fundamental nas escolas municipais de Belo Horizonte.
Em 2019, até o momento, 10.178 jovens participaram do programa O Jovem e a Mobilidade. A equipe de arte-educação foi a 117 escolas, estimulando os alunos a refletirem sobre a sustentabilidade do trânsito de Belo Horizonte e formas seguras de se deslocarem em automóvel, motocicleta, de ônibus, a pé e de bicicleta. Além disso, 246 professores de oito escolas participaram das oficinas de formação para incluírem esses temas nas suas aulas e projetos.
Confira o relatório completo.