13 July 2017 -
O taxista Antônio Eustáquio, de 65 anos, começou a sentir a dor do infarto durante o trabalho, na noite do dia 30 de junho passado. Não era a primeira vez. Em 1995, ele já havia passado por esse susto. Precavido, foi para casa, mas o coração não desacelerou. Na mesma noite, Antônio foi o primeiro paciente a ser atendido na ala nova de dez leitos de CTI do Hospital Metropolitano Célio de Castro. Previstos para funcionar a partir de agosto, esses leitos foram inaugurados de forma antecipada ao cronograma inicial de 100% de ativação do hospital.
Atleticano “desde criancinha”, Antônio passou todo o período de internação consciente e faz questão de relatar o que observou: “A estrutura desse hospital é impressionante, estou maravilhado. A sensação que eu tenho é de que estou recebendo tratamento VIP. As técnicas de enfermagem são doces, atenciosas e educadas. A equipe da assistência é bem-humorada, cuidadosa e se esforça para descontrair o paciente. Recebi a visita de dois amigos taxistas que ficaram encantados em ver uma estrutura tão boa no SUS”, diz Antônio.
Ciente de que a saúde não pode esperar, a atual gestão está agindo de forma rápida. Nesses primeiros seis meses, a Prefeitura de Belo Horizonte já abriu 63 novos leitos na capital, sendo 26 no Hospital Risoleta Tolentino Neves, 27 no Hospital Ciências Médicas e 10 leitos no Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro.
Cortes em gastos na área possibilitaram uma economia para investir ainda mais em assistência. O resultado desse trabalho permitiu que o segundo infarto do taxista Antônio Eustáquio terminasse com um final feliz. “Às 23h, fui pegar um cliente antigo em um bar da cidade. Na hora de descer do carro, ele, que é um senhor de 83 anos, caiu. Fui ajudá-lo a se levantar e senti meu coração acelerar muito ao pegá-lo do chão”, relata o taxista. Antônio Eustáquio recebeu o primeiro atendimento na UPA Centro-Sul e, como era um caso grave, foi transferido para o Hospital do Barreiro.
Atualmente, o hospital funciona com 100 leitos (80 de enfermaria e 20 de CTI) e duas salas de cirurgia. Em agosto, alcançará 189 leitos em funcionamento, sendo 30 de CTI, além de seis salas de cirurgia. Em novembro, passa a funcionar com 343 leitos - ou 76% da capacidade. Nessa segunda fase, o número de vagas para CTI passará de 30 para 50 e as salas de cirurgia, de seis para 16. A terceira fase da expansão está prevista para março de 2018, com funcionamento 100%.
Ciências Médicas e Odilon Behrens
Outra unidade cuja realidade já mudou é o Hospital Risoleta Tolentino Neves, que passou por uma grave crise em 2016, resultando no fechamento de leitos e do serviço de pediatria. Promessa de campanha do prefeito Alexandre Kalil, o incentivo financeiro por parte de Belo Horizonte já foi feito ao hospital. Mensalmente, a Secretaria Municipal de Saúde repassa R$ 1,2 milhão, além de ter auxiliado o hospital a obter o certificado de filantropia, o que tem gerado à instituição uma economia de R$ 1,8 milhão por mês. Com os novos recursos, o hospital ganhou fôlego e abriu 26 leitos (16 de clínica médica e 10 de ortopedia), todos em funcionamento.
A outra ampliação foi no Hospital Universitário Ciências Médicas, com a abertura de 27 leitos de clínica médica que já começam a receber pacientes na próxima semana. Os repasses feitos pela Prefeitura são da ordem de R$ 135 mil por mês para pagamento da produção realizada com o incremento de leitos.
A Prefeitura também investiu na construção de novo Centro de Terapia Intensiva (CTI) Adulto no Complexo Hospitalar Odilon Behrens (HOB), que, em breve, vai colocar em funcionamento mais 10 leitos. O novo CTI foi construído no espaço onde funcionava a observação pediátrica, que foi realocada para o pronto-socorro pediátrico no fim do ano passado. Com os novos leitos, o complexo HOB passará a contar com 50 leitos de terapia intensiva adulta.
“A economia que implantamos possibilitou abertura de novos leitos e já possibilitou uma mudança na rede hospitalar, ampliando cada vez mais o acesso para as pessoas que precisam do SUS”, explicou o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto.