14 July 2017 -
Formada pela Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, a estudante norte-americana Talia Fox solicitou este ano entrevistas à Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) para a dissertação de mestrado dela sobre logística reversa e os efeitos para os catadores de materiais recicláveis. Fox pesquisou sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e a gestão desses resíduos em Belo Horizonte, onde permaneceu por seis semanas, durante atuação junto à ONG Wiego.
Todo mês, a SLU atende a dezenas de interessados em conhecer um pouco mais sobre os serviços executados pela autarquia. São empresas, professores e estudantes de níveis fundamental e médio, além de alunos do ensino superior, de pós-graduação, de cursos de especialização, mestrandos, doutorandos, técnicos ou gerentes de cargos públicos de diversas prefeituras. Por ano, são mais de mil atendimentos.
Em maio deste ano, por exemplo, o presidente da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), Kaio Moraes, assessorado por um engenheiro da SLU, passou um dia em Belo Horizonte, acompanhando a execução dos serviços e o funcionamento de diversos setores da superintendência.
Já Alice Libânia, focada em um doutorado do Programa de Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos da UFMG, pesquisou sobre o desenvolvimento de instrumentos da PNRS, como ferramenta para transição a um modelo de economia circular. Ela solicitou entrevista para esclarecimentos de algumas dúvidas relativas à coleta e destinação de resíduos sólidos urbanos em Belo Horizonte. Em e-mail de agradecimento, ela parabenizou, mais uma vez, a SLU “pela organização, agilidade e transparência.”
Vitória Cavalieri, pedagoga e técnica da SLU, responsável pelo canal “Comunica”, explica que o assunto mais solicitado é a reciclagem de resíduos da construção civil, com pedidos de visitas às duas estações da Superintendência, responsáveis pelo processamento desses materiais. “Pedimos ao cidadão que nos forneçam a maior quantidade possível de informações para que possamos direcionar corretamente a demanda, marcando entrevistas com os técnicos da área pretendida e agendando visitação às instalações da SLU, se for o caso.”
Segundo Vitória, temas como coleta seletiva, Medicina e Segurança do Trabalho, rotina dos garis, Central de Aproveitamento Energético do Biogás, Unidade de Recebimento de Pneus e programa de compostagem são também muito procurados, além dos rastreamentos e monitoramentos remotos envolvendo os serviços.
“Ficamos satisfeitos em saber que há tanta gente preocupada com o meio ambiente, querendo se aprofundar nas questões relacionadas à limpeza urbana”, observa ela. “Os estudantes de Engenharia Ambiental e Engenharia Civil representam nossa principal demanda”, informa.
A pedagoga relata que há também demanda para que a SLU forneça amostras de materiais como brita, areia e até chorume, o que é viabilizado após uma análise de cada solicitação. Pneus para conter encostas e adubo para hortas e minhocários são outros dos pedidos inusitados.
A técnica lembra que vem crescendo o número de solicitações de prefeituras do interior e até de outros estados, que desejam ver de perto a metodologia utilizada pela SLU. “A troca de conhecimento é salutar, como forma de aprimoramento de técnicas e tecnologias.”
História preservada
Desde 1993, a SLU conta com o Centro de Memória e Pesquisa (Cemp), preparado para subsidiar consultas para elaboração e execução de programas e projetos. Além disso, o Cemp organiza e fornece dados sobre meio ambiente, saneamento, resíduos sólidos e suas formas de tratamento, tais como reciclagem, coleta seletiva e destinação final do lixo.
O acervo é composto por atas, relatórios, projetos, mais de 60 mil fotografias e uma videoteca com filmes educativos. O atendimento ao público abrange estudantes, professores, prefeituras e profissionais das áreas de saneamento e meio ambiente.“É um privilégio realizar esse trabalho diário e minucioso de preservar a história da limpeza urbana da capital”, afirma, orgulhosa, a coordenadora do Cemp, Letícia Moreira.
Para o agendamento de visitas às unidades da SLU ou apuração de informações para tarefas escolares e acadêmicas, é necessário preencher o formulário próprio, disponível aqui, e enviá-lo para comunica.slu@pbh.gov.br.
Nele, o interessado deverá detalhar tudo o que deseja, como por exemplo: o tema do trabalho, o número de participantes, a necessidade de panfletos, folderes ou cartazes, e ainda se será preciso entrevistar algum técnico da área ou colher amostras de materiais. As visitas técnicas serão agendadas de acordo com a disponibilidade das equipes e unidades.