4 September 2017 -
Moradores do bairro Caetano Furquim, na região Leste de Belo Horizonte, ganharam uma nova opção para aprender sobre o mundo da informática. Pela primeira vez, o Telecentro da comunidade, que funciona na Capela Santa Maria Goretti, oferece um curso de informática básico para pessoas de todas as idades. Os Telecentros são espaços públicos e gratuitos de inclusão digital.
O curso ocorre de segunda a quarta-feira, sempre no período noturno. Isto é importante porque dá oportunidade também para os que trabalham durante o dia. As atividades começaram no último dia 29 de agosto. “As pessoas ficavam pedindo que fossem montadas essas turmas. Depois que fizemos isso, a procura foi tão grande que já estamos pensando em criar novas turmas”, afirma o gestor do Telecentro, Samuel Elias Pereira, explicando que a intenção é criar pelo menos três grupos diferentes.
Todo o conteúdo e a manutenção do Telecentro ficam sob a responsabilidade da Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (Prodabel). O curso de informática básica tem duração de 20 horas e é ministrado pelo estudante Tairone Alves Marques, de apenas 16 anos. Na sala de aula estão pessoas com idade para serem pais ou até avós dele. “Só temos um garoto de dez anos na turma. Os demais já passaram dos 40, 50 anos. Mas o mais legal é ver que eles querem continuar aprendendo. Tem gente que não sabe nem ligar o computador, mas depois não quer mais sair da frente dele. Ficam igual a uma criança. O mais importante é passar conhecimento para todos. Não importa a idade”, afirma Samuel.
Orientador também é aluno
O monitor da turma tem também um lado aluno. Tairone Alves participa de outra atividade promovida pela Prodabel: o curso “Qualificação de Jovens”, que ensina adolescentes de comunidades carentes noções sobre o mundo da informática e depois os transformam em replicadores do conteúdo. Eles participam de aulas teóricas sobre as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), incluindo noções sobre informática básica, o uso da internet e das mídias sociais, sistemas de informação e o mundo da programação. Depois, passam a atuar como monitores dos Telecentros dos bairros nos quais moram, repassando o conhecimento adquirido aos moradores.