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Três crianças da Rede Municipal de Ensino percorrem ambiente com fotos de imagens ecoeducativas coladas à galões d'água
Foto: Laura Rezende

BH em Pauta: Programa EcoEscola estimula projetos ambientais

criado em - atualizado em
Aluna do 3º ano da Escola Municipal Sebastiana Novaes, Ludmila Drumond Braga Silva, de 9 anos, surpreendeu-se com a visita que a turma dela fez ao Centro de Educação Ambiental (CEA) Norte. “Achei que seria só um passeio, que não iria aprender nada, mas a verdade é que aprendi muita coisa importante sobre o meio ambiente.”
Situada no bairro Tupi, região Norte de Belo Horizonte, a Escola Sebastiana Novaes está entre as unidades da rede municipal de ensino que fazem parte do programa EcoEscola, que visa a orientar, fortalecer, incentivar, potencializar, divulgar e valorizar os projetos das escolas municipais e de instituições socioeducativas conveniadas quanto aos temas da sustentabilidade.
 

Nos últimos três anos, alunos de 9 a 11 anos do período integral da Escola Sebastiana Novaes recebem aulas de educação ambiental ministradas pelo CEA Norte, uma espécie de braço da Secretaria de Meio Ambiente que leva para os alunos um projeto piloto de formação de agentes ambientais mirins. No primeiro semestre de 2017, foram dois encontros por mês. “Nós trabalhamos com esses alunos temas importantes relacionados não só ao meio ambiente, mas também à história local da região. Eles têm aulas sobre a história do bairro, o ciclo da água, como evitar o desperdício, sobre cerrado, meio ambiente e reciclagem”, explica Regilane Alves Pereira, coordenadora do CEA Norte.
 

Algumas ações que já haviam sido iniciadas na escola saíram do papel e se tornaram realidade: uma horta plantada pelos alunos, um miniabacateiro e um jardim vertical. Uma das monitoras da escola, Maria Cristina Alves dos Santos da Cruz, não imaginava que o bota-fora que existia dentro do pátio da unidade pudesse se tornar um belo jardim feito pelos alunos. Ela viu os filhos estudarem no colégio e há três anos é funcionária da unidade. “Quando comecei a trabalhar no colégio já existiam projetos voltados para o meio ambiente. E eu sempre quis fazer trabalhos ligados a isso, de reutilização do lixo, de horta, de conscientização dos alunos”, diz Maria Cristina.
 

A aluna Ana Cláudia da Rocha Ribeiro, de 7 anos, aprendeu bem a lição. “Não jogar lixo no chão, não deixar garrafas e nem pneus para pegar chuva e dar mosquito da dengue. Não jogar lixo nas calçadas; eles poluem os rios e podemos ficar sem água para beber”, alerta a menina.



Na casa e na comunidade

O projeto desenvolvido no primeiro semestre - “Um novo olhar: a escola que temos e a escola que teremos” – contou ainda com o trabalho voluntário do fotógrafo Anderson Pereira. Os alunos puderam aprender sobre a história da fotografia e tipos de máquina fotográfica. “Nós trabalhamos com os alunos o sentimento de pertencimento pela escola através da lente de uma câmera. A gente percebia que mesmo com projetos já em andamento na escola, os alunos ainda jogavam lixo no chão e não se engajavam na causa”, observa Regilane Alves.
 

O resultado do trabalho foi exposto no pátio do colégio no dia 30 de junho. Em uma estrutura montada com materiais reciclados, os alunos puderam ver as fotos tiradas por eles. “A educação ambiental tem mudado a conscientização das crianças. Esse resultado é visto dentro da escola, em relação ao uso do espaço e também na comunidade. Essas crianças levam para casa o aprendizado e se tornam agentes ambientais dentro da própria casa e comunidade”, conclui Lidiane Duarte, coordenadora da Escola Integrada da Escola Municipal Sebastiana Novaes.
 
 

12/07/2017. Um novo olhar - A escola que temos e a escola que queremos. Fotos: Laura Rezende/PBH