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Quatro funcionários da PBH realizando vistoria em estabelecimentos comerciais na Av. Fleming.
Foto: Divulgação/PBH

BH em Pauta: Prefeitura fiscaliza bares da Avenida Fleming

criado em - atualizado em

Reduzir o lançamento de esgoto na Lagoa da Pampulha e manter a qualidade da água após a despoluição. Com este objetivo, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Regional Pampulha, em um trabalho integrado com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Copasa, realiza vistorias conjuntas em estabelecimentos comerciais localizados na avenida Fleming, no bairro Ouro Preto, por onde passa o córrego do Tijuco, um dos oito afluentes que desaguam na Lagoa da Pampulha.

Os trabalhos tiveram início em outubro. Espera-se vistoriar, aproximadamente, 50 estabelecimentos comerciais, entre bares, restaurantes e lava-jatos na Fleming. Além do Alvará de Localização e Funcionamento, serão verificadas as caixas de gordura, a adequação do dimensionamento, o correto funcionamento e a ligação dela na rede oficial da Copasa.
 
A equipe que executa os trabalhos é composta por um fiscal da PBH e dois técnicos e dois auxiliares da Copasa.  Nesta primeira etapa, o trabalho tem caráter educativo. Os proprietários recebem uma cartilha da Copasa com orientações sobre a construção e manutenção da caixa de gordura e, caso necessário, notificações para corrigirem as irregularidades encontradas. Até o presente momento, todos os empreendimentos vistoriados estão ligados na rede oficial e, em alguns casos, foram solicitadas adequações da estrutura existente.

A fiscal Merian Regina Mendes explica que, às vezes, os empreendedores e funcionários acreditam que está tudo certo nos estabelecimentos, mas, ao serem vistoriados, são encontradas irregularidades. “Nosso papel neste momento é orientá-los para que os problemas sejam sanados rapidamente. Identificamos nas vistorias iniciais que algumas empresas possuem a caixa de gordura, mas não realizam a limpeza corretamente; outras, apesar de terem a caixa, não estão adequadas à atividade”, afirma. 
  
A fiscal esclarece que a falta de manutenção e adequação das caixas de gordura pode, além de provocar entupimentos, dificultar e onerar todo o processo nas estações de tratamento de esgoto. É importante salientar que, ao fazer a limpeza das caixas de gordura, os resíduos retirados devem ser ensacados e enviados à coleta pública da SLU.
  
Outro problema encontrado com frequência é a destinação incorreta da água de lavação das áreas internas dos estabelecimentos.  Ao lavar o salão de um restaurante, por exemplo, aquela água com detergente e sujeira, se lançada no passeio, irá atingir a rede de água pluvial através da boca de lobo, chegando ao córrego e, consequentemente, à lagoa, provocando mais poluição.  “A destinação correta é o lançamento na rede de esgoto”, ressalta.
  
Este trabalho integrado visa à manutenção da qualidade da água da Lagoa da Pampulha, que é um dos pontos de exigência para manter o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Diretora Regional de Fiscalização na Pampulha, Rovena Nacif Martins destaca a necessidade de detectar os tipos de resíduos que estão desaguando no córrego do Tijuco e sua origem. “Conscientizar os empreendedores da importância de evitar o lançamento irregular no córrego é uma responsabilidade da fiscalização, mas o principal resultado que queremos é a queda do volume de substâncias nocivas lançado no córrego do Tijuco e, consequentemente, na Lagoa da Pampulha. Só assim será possível manter a qualidade da água para nós e as futuras gerações”, defende. 

Nas próximas etapas, a meta é ampliar este trabalho para todos os estabelecimentos localizados na microbacia do córrego Tijuco e, posteriormente, para toda a bacia da Pampulha.