1 December 2025 -
Após meses de imersão teórica e prática sobre os desafios e belezas do meio ambiente na capital mineira, a 49ª edição do BH Itinerante chegou ao fim. O curso semestral promovido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente trocou a sala de aula pelo contato direto com a natureza em seu encerramento, em sítio em Itabirito, promovendo a formatura de novos agentes ambientais capacitados para atuar na preservação e conscientização ecológica.
No último encontro, os participantes realizaram trilhas ecológicas e dinâmicas de integração, consolidando o espírito de coletividade que norteou o curso desde sua abertura, em agosto, no Parque Estadual da Serra do Rola Moça.
Iniciativa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) com 25 anos de história, o projeto reafirmou seu papel de formar cidadãos conscientes, misturando perfis diversos — de estudantes a aposentados — em prol de um objetivo comum: a sustentabilidade.
Para além do conteúdo técnico, o BH Itinerante se destaca pelo impacto nas relações interpessoais, promovendo o contato entre formandos de diferentes turmas. Sabrina Resende, ecóloga participante da 30ª edição (tendo atuado também como monitora na 33ª), esteve presente e destacou a integralidade da formação.
"O BH Itinerante é um curso muito especial, preparado com muito carinho. A gente começa a ter uma visão diferente do que é o meio ambiente e qual nosso papel perante o mundo. Belo Horizonte vira a sala de aula", relata Sabrina Resende.
Ela reforça que a diversidade dos inscritos é um dos maiores trunfos do projeto. "Temos a oportunidade de conhecer pessoas com habilidades, profissões e vivências diferentes. Elas se somam e a gente sai muito mais rico, preenchido de outras pessoas. É um curso que cuida das relações humanas também", conclui a ecóloga.
A relevância do curso para a carreira de quem atua na área também foi pauta durante o encerramento. Cláudia Furukawa, educadora ambiental do Parque Estadual da Serra do Rola Moça, relembrou como o BH Itinerante foi um divisor de águas em sua trajetória profissional.
"O curso teve um papel fundamental na minha atuação. Ele traz uma contextualização muito importante da nossa realidade, como a atividade minerária e a ação do governo na preservação, coisas que às vezes não vivenciamos na universidade", explica.
O encerramento simbolizou o ciclo de acolhimento do programa. Ao longo da edição, os participantes transitaram entre a sede da SMMA e espaços de biodiversidade, discutindo temas urgentes como gestão hídrica, resíduos sólidos.
Agora certificados, os novos agentes ambientais retornam às suas comunidades e locais de trabalho com a missão de multiplicar o conhecimento adquirido, provando que a educação ambiental em Belo Horizonte é um movimento vivo, contínuo e transformador.