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Fachada do Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte – MIS durante o dia.
Foto: Ricardo Laf/PBH

BH em Cantos: Conheça o Museu da Imagem e do Som - MIS

criado em - atualizado em
Já imaginou ver imagens em vídeo de Belo Horizonte da década de 1910? E a construção do obelisco da Praça Sete, na década de 1920? Como era a capital mineira nos primeiros anos de existência dela? Como era o trânsito? Como as pessoas se vestiam e circulavam pela cidade? Tudo isso pode ser visto consultando-se o acervo fílmico do Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte – MIS. Mantida pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Fundação Municipal de Cultura, a instituição é responsável por um dos principais acervos audiovisuais do país, com mais de 90 mil itens mantidos em reservas climatizadas e com monitoramento 24 horas.

O acervo fílmico do MIS é formado por uma rica diversidade de temas. Destacam-se materiais jornalísticos que pertenceram à TV Globo, um rico registro de telejornais e reportagens, matrizes originais das décadas de 1970 e início de 1980, antes da transmissão em videoteipe em Belo Horizonte. Além deste, dentre os filmes preservados, destacam-se preciosos registros históricos da capital mineira como o “Reminiscências”, de Aristides Junqueira, que contém algumas das mais antigas imagens preservadas da história cinematográfica mineira, feitas em Belo Horizonte no período de 1909 a 1924, e cópias digitais do documentário “O Despertar do Horizonte” (de Zoltan Gluek), com imagens de várias épocas da capital no século passado, e do filme “Minas Antiga”, obra que reúne imagens documentais de Igino Bonfioli.

Além dos filmes, o acervo preservado pelo museu conta ainda com fotografias, cartazes de cinema, discos de vinil e objetos tridimensionais, com destaque para fotografias que pertenceram à extinta TV Itacolomi, cartazes de filmes nacionais e internacionais e antigos equipamentos de filmagem, edição e de projeção. “Estes materiais compõem parte da nossa história e memória cinematográfica. Minas Gerais foi berço de importantes produções e vive hoje um momento de efervescência no setor. Criar também estratégias de preservação das obras realizadas hoje - em formato digital - é fundamental para garantir que esses filmes permaneçam e possam ser acessados pelas gerações futuras. A preservação é fundamental para garantir o acesso, a pesquisa e a informação”, afirma Siomara Faria, gestora do MIS.


História

Nos anos 1980, cineastas, pesquisadores, estudiosos e artistas discutiam a possibilidade de se criar uma instituição pública que zelasse pela preservação da produção audiovisual de Belo Horizonte. No fim da década, em 1989, foi criada a Fundação Museu da Imagem e Som – que serviu de base para que, seis anos depois, mais exatamente no dia 14 de dezembro de 1995, fosse inaugurado o Centro de Referência Audiovisual (CRAV). Já em 2014, o CRAV se tornou Museu da Imagem e do Som.

O MIS, como unidade museal, passou a ter o compromisso primordial de garantir o acesso aos acervos audiovisuais representativos da produção local, trabalhando na perspectiva de preservação, pesquisa e divulgação – realizando assim o sonho iniciado décadas antes pelos intelectuais vanguardistas de Belo Horizonte. E, em 2016, o MIS ganhou ainda mais força na sua missão. Foi inaugurado o MIS – Cine Santa Tereza, que potencializou as atividades do museu, permitindo eventos e mostras maiores e mais ricas e uma difusão mais efetiva do acervo audiovisual de BH.


Exposição

O MIS, atualmente, mantém a exposição “Imagem e Som: Memória, Registro e Movimento”. A mostra leva o público a explorar curiosidades e truques que envolvem a produção e os registros sonoros, visuais e audiovisuais. Com a proposta de maior interação com os visitantes, foram pensados vários elementos que possam ser tocados e manipulados pelo público, como os brinquedos ópticos (zootrópios e flipbooks) que permitem avaliar as especificidades do som nas produções cinematográficas.

De acordo com o museólogo Victor Louvisi, as peças da mostra remontam à gênese das imagens em movimento, relevando princípios que deram origem ao cinema. “Nosso objetivo é fazer com que o público possa conhecer um pouco mais do rico acervo preservado pelo Museu da Imagem e do Som, assim como explorar curiosidades, truques e a magia que envolve a produção e apresentação dos registros audiovisuais”, afirma.


Canal no Youtube

Parte do acervo fílmico do MIS está disponível para consulta em um canal no Youtube. A ideia é fazer com que a página seja também uma nova ferramenta de pesquisa, ao reunir pequenos trechos de vídeos que mostram aspectos do cotidiano belo-horizontino, desde um dia comum na Praça Raul Soares nos anos 1960 até partidas de futebol realizadas há 55 anos. São vídeos que têm como temas política, sociabilidade, cultura, esportes e educação, entre outros assuntos. “Como nem todos podem ir até o museu, criamos o canal para que ele possa chegar a todos. É uma forma muito atraente de disponibilizar o rico acervo que está guardado no local”, afirma Marcella Furtado, arte-educadora do MIS. O canal pode ser acessado aqui.  


Museu da Imagem e do Som
Av. Álvares Cabral, 560 – Centro – Belo Horizonte
Telefones: (31) 3277-4131/ 3277-6330
E-mail: mis.fmc@pbh.gov.br
FanPage: www.facebook.com/museudaimagemedosombh
 
 

14/09/2017. BH em Cantos - Museu da Imagem e do Som. Fotos: Divulgação/SMC