A Prefeitura de Belo Horizonte coleta amostras de pacientes com sintomas respiratórios leves nas Unidades de Pronto Atendimento para monitorar quais vírus estão circulando no município. Este monitoramento contribui para a definição da composição da vacina contra a Gripe que será aplicada no País no ano seguinte.

A coleta das amostras é realizada por uma equipe de enfermeiros da Secretaria Municipal de Saúde, que durante toda a semana circula as nove UPAs da capital. Parte das amostras é encaminhada para o setor de biologia molecular do Laboratório Municipal de Referência da Prefeitura de Belo Horizonte, e o restante é encaminhado para a FUNED.

Com as amostras enviadas por Belo Horizonte e outros municípios, o Ministério da Saúde, em conjunto com a Organização Mundial de Saúde, define qual será a composição da vacina contra a Gripe que será aplicada.

A vigilância de vírus respiratórios é importante não só para identificar quais vírus estão circulando com maior incidência, como também para verificar o início da sazonalidade, de epidemias e surtos. O monitoramento auxilia nas ações para adoção das medidas preventivas e na identificação dos grupos com maior vulnerabilidade.

Laboratório Municipal

O Laboratório Municipal foi aberto pela Prefeitura de Belo Horizonte em 2020, com o objetivo de suprir a grande demanda por testes para detecção de covid-19. Esta estratégia possibilitou a ampliação do diagnóstico da doença no município em momentos críticos da pandemia. O setor de Biologia Molecular do Laboratório Municipal ampliou o painel de exames realizados e, atualmente, já faz o diagnóstico de 14 tipos de vírus respiratórios.

O fortalecimento da vigilância de vírus respiratório, com a realização de exames de diagnóstico molecular feito por laboratório próprio, permite o monitoramento de forma efetiva da circulação desses vírus no município possibilitando o desenvolvimento de estratégias assistenciais em situações de surtos dessas doenças.