A Unidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC) do Hospital Metropolitano Odilon Behrens (HOB), de gestão da Prefeitura de Belo Horizonte, recebeu o prêmio Angels Awards, na categoria Gold (ouro). A certificação é conferida pela World Stroke Organization (WSO) e pela Sociedade Ibero-americana de Enfermidades Cerebrovasculares (SIECV) e reconhece hospitais de alto desempenho e qualidade no tratamento e que contribuíram na pesquisa e na identificação de pontos de melhoria no tratamento de pacientes vítimas de AVC.

Sandra Lúcia Dias, neurologista e coordenadora de especialidade e ensino da neurologia do HOB, falou sobre a importância do recebimento da premiação. “É uma oportunidade de desenvolver competências e aumentar a visibilidade da Unidade de AVC do HOB, para o reconhecimento como um centro de referência a nível nacional e internacional”, afirmou.

A coordenadora destacou, ainda, que o prêmio estimula e certifica a melhoria na qualidade de atendimento. “Nosso foco é aprimorar os resultados e, principalmente, propiciar o diagnóstico, o encaminhamento e o tratamento precoces dos pacientes com AVC. Além da perspectiva de obter dados para análise do nosso próprio progresso, com indicadores de processo, qualidade e segurança”, ressaltou.

O AVC é uma das principais causas de morte e a principal causa de incapacidade no mundo. É uma doença que requer socorro ágil para evitar mortes e reduzir o risco de sequelas. A cada minuto sem tratamento, aproximadamente 1,9 milhão de neurônios são perdidos.

Os grandes desafios para o atendimento adequado aos casos de AVC são os subdiagnósticos ou os diagnósticos tardios que resultam em atraso no encaminhamento dos pacientes para os centros de referência. “Além disso, o acesso ao tratamento é limitado na maioria dos serviços e o tratamento ideal é tempo-dependente”, explica Sandra Dias.

A iniciativa Angels Awards tem o intuito de apoiar instituições e os profissionais de saúde a acompanharem os indicadores e melhorarem o tempo e a qualidade de resposta de um evento de AVC. Entre as estratégias adotadas para alcançar essas metas estão os treinamentos para os trabalhadores administrativos e assistenciais que atuam na fase hiperaguda, aguda e pós aguda do AVC e na elaboração e aprimoramento do fluxograma de atendimento dos pacientes.