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Músico, sentado, de lado, abraçando sua viola.
Foto: Raíra Morais

Teatro Raul Belém Machado recebe show de viola do músico mineiro Joaci Ornelas

criado em - atualizado em

O Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/Teatro Raul Belém Machado recebe na quinta-feira, dia 14 de novembro, às 20h, o show “Viola Brasileira”, do músico mineiro Joaci Ornelas. No repertório, composições autorais e do cancioneiro popular, permeadas por algumas prosas sobre o universo da viola brasileira, sua origem e trajetória no Brasil. O show foi selecionado por meio do edital CenaPlural 2019, promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, e tem entrada gratuita.

 

A proposta artística e musical do espetáculo é levar ao público a música do cancioneiro popular e as novas linguagens, leituras e composições elaboradas a partir de uma identidade cultural brasileira. A viola caipira é utilizada neste show como instrumento de acompanhamento e solo, que procura aproximar o público do “sertão”, através de temas que remetem à cultura, crenças, tradições e modo de vida do povo que, de alguma forma, ainda se identifica com este universo. As intervenções de prosas serão esporádicas, sempre abordando o tema da viola brasileira, a partir da difusão no meio rural e sua ascensão na música brasileira produzida nos grandes centros urbanos.

 

Joaci Ornelas é cantador, violeiro, compositor e instrumentista, natural de Salinas, Minas Gerais. Mudou-se para Belo Horizonte na década de 70. Estudou teoria musical, harmonia e história da música na Escola de Artes-BH com o Maestro Márcio Miranda Pontes, e estudou violão com os professores Adalberto Santos e Tássio Moreira. Autodidata em viola caipira, tendo como referências os mestres tocadores do São Francisco, norte de Minas e os violeiros Tião Carreiro e Renato Andrade. Já se apresentou em diversos espaços culturais de Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, e várias cidades do interior de Minas Gerais.

 

Seu trabalho é resultado de dedicação à música, pesquisas e vivências com participações em atividades culturais de tradição de mestres violeiros, tocadores e foliões em comunidade rurais no vale do São Francisco, Minas Gerais. Possui quatro álbuns: "No dizer do sertão” (2016), "Andejo" (2006), “Vivaviola - Viva a Cantoria” (2014)”, e “Vivaviola – sessenta cordas em movimento” (2010), sendo os dois últimos gravações coletivas. Produziu e participou de diversos seminários e encontros de violeiros realizados em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte. É um dos idealizadores do grupo Vivaviola – movimento de valorização e difusão da música de viola em Minas Gerais – com os violeiros Chico Lobo, Pereira da Viola, Wilson Dias, Bilora e Gustavo Guimarães.

 

Atualmente, além de sua carreira artística, é diretor musical do Grupo Meninas de Sinhá. Na área de audiovisual, produziu e dirigiu os documentários "Taboquinha da Tapera - Expressão Cultural de um Povo" (2014), "Mestres da viola" (2013) - ANVB, e "I Seminário Nacional de Viola Caipira" (2008) - ANVB. Também produziu e dirigiu os CDs “Foliões e Tocadores”, na comunidade de Taboquinha, São Francisco (MG), em 2013, e “O congado em Bom Jesus de Matozinhos” com as guardas na cidade de Matozinhos (MG).

 

 

CenaPlural

O CenaPlural foi criado pela Prefeitura de Belo Horizonte com o objetivo de fortalecer e potencializar a produção artística nos espaços públicos, promover uma programação cultural diversa e qualificada para a população belo-horizontina, além de premiar e difundir o trabalho de artistas, coletivos e grupos locais. Os grupos selecionados vêm se apresentando desde setembro nos teatros Francisco Nunes, Marília e Raul Belém Machado, além dos centros culturais da Fundação Municipal de Cultura, ou integrando a programação de projetos especiais como o “Terça da Dança” e o “Música de Domingo”.