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Caminhão de lixo e coleta na rua
Divulgação/PBH

SLU esclarece dúvidas na hora de separar os recicláveis para a coleta seletiva

criado em - atualizado em

Nos últimos anos, Belo Horizonte vem expandindo suas duas modalidades de coleta seletiva: a porta a porta e a ponto a ponto. Com a crescente adesão da população ao serviço, é comum as pessoas ficarem em dúvida na hora de separar os recicláveis. Muitos moradores ainda têm na lembrança uma imagem antiga, de quatro lixeiras, com cores específicas para cada reciclável: azul para o papel, vermelho para o plástico, amarelo para o metal e verde para o vidro. Mas, atualmente esse critério não é mais adotado na separação dos materiais, o que acaba facilitando a participação de todos na coleta seletiva.

 

“Para a coleta seletiva porta a porta, não é necessário acondicionar separadamente os materiais, uma vez que os catadores fazem a triagem nos galpões das cooperativas”, afirma a chefe do Departamento de Políticas Sociais e Mobilização da SLU, Ana Paula Costa Assunção. De acordo com ela, basta separar os recicláveis, higienizá-los e colocá-los juntos em saco plástico, de preferência transparente, na calçada, às 8h, no dia definido para o recolhimento em sua rua.

 

Ela esclarece que independente de o morador acondicionar separadamente os materiais recicláveis por tipo ou não, a triagem feita pelos catadores ainda assim será necessária. “Mesmo que o plástico chegue aos galpões das cooperativas de catadores separado dos outros materiais, ainda haverá a necessidade de triagem, pois há diversos tipos desse material, que devem ser selecionados. O mesmo ocorre com o papel, que é triado pelos catadores de acordo com a cor, espessura e outros critérios”, exemplifica.

 

Ana Paula chama a atenção para um detalhe importante no momento da separação dos recicláveis. “Se possível, o morador deve acondicionar o vidro separadamente para não se misturar ao papel, metal, plástico e isopor, evitando contaminações de líquidos e outros restos de alimentos”, aconselha. Ela lembra que também é importante que o vidro esteja protegido, para impedir que os garis se envolvam em acidentes, mesmo com o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs).

 

Outra inovação na coleta seletiva porta a porta de Belo Horizonte que costuma provocar alguma estranheza nos moradores é o veículo compactador utilizado para recolher os recicláveis, semelhante aos utilizados para a coleta do lixo comum. De acordo com Ana Paula, o uso dos caminhões compactadores torna o serviço mais ágil, eficiente e com melhores custos para o município. Ela explica que, no veículo usado antigamente, o caminhão-baú, era necessário um funcionário dentro do compartimento ajeitando constantemente a carga e administrando o espaço existente. Já o caminhão compactador consegue armazenar uma quantidade muito superior de materiais em comparação ao outro.

 

“É importante destacar que, embora os veículos utilizados para essas ações sejam do modelo compactador, o mecanismo de compactação é calibrado de uma forma bem suave, para que não comprometa a qualidade dos materiais recolhidos para as cooperativas. Os resíduos não são compactados, apenas acondicionados no compartimento específico”, ressalta.

 

Já na coleta ponto a ponto, em que a pessoa separa os recicláveis em sua residência e os depositam nos Pontos Verdes, contêineres instalados pela Prefeitura em diversos bairros, Ana Paula chama a atenção para uma pequena diferença. Nessa modalidade, o vidro deve ser obrigatoriamente disposto em um contêiner específico. “Cada Ponto Verde da SLU é formado no mínimo por dois contêineres: um exclusivo para vidro e outro para metal, plástico, papel e isopor”, afirma Ana Paula.

 

Em Belo Horizonte, o todo o material recolhido na coleta seletiva é doado pela Prefeitura para esses empreendimentos. A SLU também providencia estruturas (aluguel, construção, reforma de galpões) para a triagem de recicláveis e paga despesas como aluguel.

 

Desde setembro de 2019, a coleta seletiva porta a porta passou a ser feita por seis associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis, credenciadas pela SLU em chamamento público. Elas foram contratadas pela SLU e são remuneradas pela autarquia, que também cedeu seis caminhões compactadores para a atividade. A SLU continua sendo responsável pelo planejamento e fiscalização do serviço.

 

São seis as entidades beneficiadas: Asmare (Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável), Associrecicle (Associação dos Recicladores de Belo Horizonte), Coomarp (Cooperativa dos Trabalhadores com materiais Recicláveis da Pampulha Ltda), Coopemar (Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis da Região Oeste de BH), Coopesol (Cooperativa Solidária de Trabalhadores e Grupos Produtivos da Região Leste) e Coopersoli (Cooperativa Solidária dos Recicladores e Grupos Produtivos do Barreiro e Região).

 

O que pode ser separado para a coleta seletiva

 

Papel: Jornais, revistas, papelão, embalagens longa vida, impressos em geral, cadernos e livros.

Não pode: Papel higiênico, guardanapos, fitas e etiquetas adesivas, fotografias e papéis plastificados.

 

Metal: Latas de alumínio ou de ferro, clipes, papel alumínio e grampos para papel ou para cabelo.

Não pode: Embalagens de marmitex, esponjas de aço, pilhas, baterias e eletroeletrônicos.

 

Plástico: Sacolas, garrafas PET, embalagens em geral, copos descartáveis e canos de PVC.

Não pode: Embalagens de balas e de doces, embalagens de produtos tóxicos.

 

Vidro: Garrafas, embalagens em geral, potes, copos, vidros planos e lisos.

Não pode: Espelhos, cerâmica, tubos de TV ou monitores, vidros temperados, lâmpadas de LED e fluorescentes.

 

Isopor: bandejas de alimentos (limpas), embalagens, peças de isopor em geral.