Belo Horizonte foi destaque no 37º Congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Durante a programação foram apresentadas ações do município na assistência à saúde, estratégias de imunização, além de um projeto de melhoria farmacêutica, desenvolvido em unidade de urgência da capital. O evento, que está sendo realizado em Goiás, começou no dia 16 de julho e termina nesta quarta-feira (19).

Nas unidades da Secretaria Municipal de Saúde é oferecido acompanhamento assistencial para as gestantes, puérperas e recém-nascidos. Como parte das ações, durante a gestação, é feito o pré-natal, além de exames físicos, ginecológicos e laboratoriais. Após o parto, é realizada uma articulação entre hospitais, maternidades e centros de saúde para o agendamento prévio de consultas, antes da alta. Após a liberação do hospital as puérperas recebem, em domicílio, a visita de um profissional de saúde para orientá-las sobre os cuidados básicos com o recém-nascido.

Já na primeira semana de vida do bebê, mãe e filho devem comparecer ao centro de saúde de referência para dar seguimento ao acompanhamento. São realizadas ações de promoção da saúde, como a avaliação da caderneta de vacinação, apoio para o aleitamento materno e orientações para o cuidado.

Considerando as ações desenvolvidas na capital, a subsecretária de Atenção à Saúde Taciana Malheiros participou da palestra “Gestão como Estratégia de Fortalecimento e Qualificação da Atenção à Saúde da Gestante, Puérpera e do Recém-Nascido”, para contar a experiência da capital. “A rede SUS-BH mantém uma linha de cuidado que tem como objetivo ampliar e garantir o acesso das gestantes, puérperas e dos recém-nascidos aos serviços de saúde ofertados pelo município. Com isso, é possível melhorar a qualidade da assistência ao paciente, diminuindo mortalidade e morbidade. Esse acompanhamento é feito em todos os níveis, desde a atenção primária até a especializada, se necessário”, reforçou.

O município oferta ainda cuidado singular às gestantes e puérperas em situação de vulnerabilidade. O acolhimento e cuidado é ofertado por equipe multiprofissional, com o objeto de fortalecer a vinculação com os equipamentos e serviços da Rede SUS-BH.

Imunização

Na “Oficina Nacional do Projeto Imuniza SUS” foi apresentada uma ferramenta, desenvolvida pela Secretaria de Saúde da capital, que é utilizada para a avaliação da situação vacinal das crianças menores de 1 ano e do público de 1 a 14 anos de idade. Com o uso da planilha é possível verificar, nominalmente e de acordo com o cadastro em centros de saúde, aqueles que estão com doses em falta.

Com esse acompanhamento, as equipes prontamente realizam ações de busca ativa, com avaliação individual de cada caso, para a atualização do cartão de vacinação. Considerando as coberturas vacinais da pentavalente e da poliomielite inativada (VIP) em crianças menores de 1 ano, o percentual de imunizados aumentou de 44%, no primeiro quadrimestre de 2022, para 58%, no mesmo período de 2023, após o início do uso da plataforma.

“Os resultados dessa ferramenta de acompanhamento podem auxiliar outras secretarias de saúde nos processos de imunização. Manter uma boa cobertura vacinal é de extrema importância para evitar casos de doenças que são preveníveis por vacinas”, ressaltou o diretor de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica, Paulo Corrêa.

Outros projetos

Na mostra “Brasil, aqui tem SUS” – em que são apresentadas experiências exitosas implementadas pelos municípios para melhoria no fluxo de trabalho e oferta dos serviços – Belo Horizonte foi destaque com a adoção de um boletim que informa sobre os estoques de insumos em unidade de urgência. Além disso, o documento sinaliza como está o abastecimento e sugere estratégias para gestão de itens, com a apresentação de protocolos clínicos e fluxos, opções terapêuticas e possibilidades de trocas, de forma a garantir a assistência ao paciente.

A atualização é feita semanalmente e aborda especificamente a realidade da UPA Barreiro, melhorando a comunicação entre a farmácia, almoxarifado e coordenações médica e de enfermagem. O município já estuda a ampliação para outras unidades de urgência.

“Percebemos com o boletim uma melhoria na dinâmica interna da unidade, com a otimização do tempo e tomada decisão assertiva. É uma ferramenta simples, mas que oferta à equipe informações que irão impactar de forma positiva no tempo de atendimento ao paciente e também na qualidade desta assistência”, explica a farmacêutica Maria Cecília Ferreira Mariano, idealizadora do projeto.