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Rede de Atenção Psicossocial de Belo Horizonte completa 30 anos
Raiane Santos/ PBH

Rede de Atenção Psicossocial de Belo Horizonte completa 30 anos

criado em - atualizado em

A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte realizou nesta quinta-feira (7) o Seminário Municipal de Comemoração dos 30 anos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS-BH) da capital. A cerimônia relembrou a criação dos primeiros serviços substitutivos implementados na cidade, além de ressaltar a importância dos equipamentos de saúde mental, que fazem parte da rede SUS-BH. Participaram do encontro o secretário municipal de Saúde, Danilo Borges Matias; a coordenadora Estadual de Saúde Mental, Taynara Fátima Silva de Paula; e o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Júnior.

O secretário municipal de Saúde, Danilo Borges Matias, relembrou a história da rede de saúde mental, as dificuldades enfrentadas e a importância dos avanços. “O meu contato mais intenso e direto com a rede de saúde mental aconteceu em julho do ano passado, em uma imersão no cotidiano de três serviços da RAPS, os CERSAMs, Leste, Oeste e o CERSAMI Nordeste. E é necessário e essencial esse cuidado nas unidades, assim como é evidente que os profissionais, os usuários, e os gestores que vivenciaram a construção da rede deviam ter um motivo para garantir isso da melhor maneira possível. E foi uma experiência histórica, transformando o cuidado, ao longo dos anos, em uma assistência humanizada”, ressaltou.

O seminário trouxe um espaço de reflexão sobre os marcos fundamentais da história da saúde mental na capital. Também foram celebradas as conquistas alcançadas ao longo das três décadas de existência da RAPS-BH. Nos equipamentos também são atendidas pessoas em uso prejudicial de álcool e outras drogas, situações de abuso e vulnerabilidade variadas, sejam crianças, adolescentes ou adultos. O acompanhamento necessário e o tratamento ofertado seguem um projeto terapêutico individual.

“Nestes 30 anos reafirmamos o compromisso do município e da Política de Saúde Mental da cidade em manter o cuidado integral dos usuários. Nos últimos meses, realizamos várias ações para isso, como a ampliação das vagas de hospitalidade noturna e a contratação de profissionais para reforçar as equipes. Além disso, em dezembro concluímos a municipalização do CMT e do CEPAI, sendo um grande avanço para a rede. Deixo aqui meu agradecimento a todos que me permitiram fazer parte dessa história”, ressaltou.

Durante o evento, trabalhadores, usuários, representantes de entidades e gestores da Saúde Mental puderam dialogar sobre o atual cenário. Os participantes também compartilharam experiências e traçaram perspectivas para o futuro, mantendo como prioridade a assistência das pessoas. Como parte da programação, foram realizadas intervenções artísticas, com conteúdo produzido pelos usuários, além de uma apresentação com banda musical, também composta pelos atendidos na rede.  

“Belo Horizonte precisa ensinar muito ao Brasil. Serão autorizados mais 200 CAPS no Brasil, e neles incluído o CAPS III Centro-Sul. Eu gostaria de deixar em público mais uma vez registrado que também nós temos compromisso na municipalização, negociado pela Secretaria de Estado, as adequações já garantidas para os dois centros. Nós estamos garantindo isso como contribuição do Ministério da Saúde”, frisou o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Júnior.

Rede de Saúde Mental

Atualmente, Belo Horizonte conta com oito Centros de Referência em Saúde Mental (CERSAMs) e cinco Centros de Referência em Saúde Mental - Álcool e outras Drogas (CERSAM-AD). Em relação ao atendimento para crianças e adolescentes, são três centros especializados (CERSAMIs). Ou seja, 16 serviços de crise e urgência em Saúde Mental. Esses locais funcionam 24h, todos os dias, inclusive finais de semana e feriados.

Em relação ao acolhimento noturno, ou seja, um usuário que procura pelo serviço após às 19h, ele é feito pelo Serviço de Urgência Psiquiátrica (SUP). Ainda integram a rede 34 residências terapêuticas, oito Consultórios na Rua, duas Unidades de Acolhimento Transitório Adulto e Infantojuvenil, além de nove Centros de Convivência, e nove projetos de Arte da Saúde e 51 oficinas do Arte da Saúde.