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Quilombo Luízes é tema da 14ª edição do Projeto Expedições do Patrimônio
Foto: Divulgação/PBH

Quilombo Luízes é tema da 14ª edição do Projeto Expedições do Patrimônio

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A 14ª edição do Expedições do Patrimônio, projeto realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, terá como tema "Quilombo Luízes: Patrimônio Cultural de Belo Horizonte". O encontro virtual acontece na terça-feira, dia 25 de outubro, das 14h às 16h30, no com a apresentação da história da comunidade de Luízes, localizada no bairro Grajaú, Região Oeste. Com origem no século XIX, o quilombo foi registrado como patrimônio cultural do município em dezembro de 2017. A atividade formativa é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura e possui vagas limitadas. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no Portal da Prefeitura

Os encontros do Projeto Expedições do Patrimônio são conduzidos por Marco Antônio Silva, historiador e doutor em Educação, coordenador do setor educativo da Diretoria de Patrimônio Cultural e Arquivo Público, e Arminda Aparecida de Oliveira, professora e mestre em Educação, da Diretoria de Desenvolvimento e Articulação Institucional da Secretaria Municipal de Cultura. Desenvolvido desde 2019, o “Expedições do Patrimônio” é uma ação educativa da Diretoria de Patrimônio Cultural e Arquivo Público da Fundação Municipal de Cultura. A proposta é permitir que, a cada edição, os participantes possam aprofundar o conhecimento e vivência dos bens materiais e imateriais do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte.

Esta edição terá como convidada Miriam Aprigio Pereira, professora, historiadora, escritora e membro da Quinta Geração de Guardiães da Memória do Quilombo dos Luízes. 

Sobre o Quilombo Luízes 

A origem da comunidade de Luízes remonta ao século XIX, antes da fundação da cidade de Belo Horizonte, quando ancestrais advindos do município de Nova Lima chegaram à atual área do quilombo. Esses antepassados - o casal Maria Luíza (1886-1971) e Vitalino (?-1946) - juntaram-se a um outro núcleo da família, moradores daquele local, que fazia parte da antiga Fazenda Calafate. O Quilombo dos Luízes ocupa atualmente parte daquele território, à época localizado às margens do córrego Piteiras, que fluía onde atualmente se encontra a avenida Silva Lobo.

A comunidade também é conhecida como Vila Maria Luiza, uma referência à matriarca e sua linhagem. Os nove filhos do casal fundador do quilombo nasceram livres. Orgulhosos dessa conquista do povo negro, os integrantes da família utilizavam uma flor de lótus feita de barro como símbolo de liberdade e que os identificava como um Luiz. 

As tradições do grupo estão bastante ligadas às práticas agrícolas. Nas primeiras décadas de existência, o território abundante em água possibilitou o cultivo de uma horta, cujos produtos eram vendidos para sustento da comunidade. Existiam também plantações de pita, cana comum, cana caiana e milho, além de bananeiras e várias árvores frutíferas. Na parte mais alta, ficava a plantação de abacaxi, que precisava de pouca irrigação. Atualmente muitos membros do quilombo ainda cultivam hortaliças e legumes para alimentação. Outra referência cultural importante dos Luízes está associada à afirmação e valorização da estética negra, especialmente os cuidados com cabelo afro e suas formas de trançados.  Merece registro entre as práticas tradicionais da comunidade as novenas e a festa de Sant’Ana, fruto da devoção da matriarca, celebradas durante muitas décadas no Quilombo. 

Serviço
14ª edição - Expedições do Patrimônio
Tema:  "Quilombo Luízes: Patrimônio Cultural de Belo Horizonte"
Dia 25 de outubro, das 14h às 16h30
Encontro virtual - Inscrições gratuitas em: www.pbh.gov.br/patrimoniocultural