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Time de vôlei com atletas com deficiência em quadra, acompanhados por equipe de apoio.
Foto: Marcelo Machado/PBH

Projeto que viabiliza time de vôlei de atletas com deficiência é oficializado

criado em - atualizado em
Um evento na sede da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, no bairro Funcionários, nesta terça-feira, dia 12 de fevereiro, marcou o início das atividades do projeto Vôlei sem Limites, desenvolvido pela Prefeitura de Belo Horizonte.
 
Elaborado em benefício de atletas com deficiência física, o projeto possibilitou a captação de patrocínio pela Lei Estadual de Incentivo ao Esporte para viabilizar a temporada 2019 da única equipe de vôlei sentado de Minas Gerais, a AM Paradesporto/ Prefeitura de Belo Horizonte. A equipe é mantida pela Associação Mineira do Paradesporto e tem o apoio da Prefeitura.
 
O patrocínio, captado junto à empresa Sada, viabilizou, entre outros investimentos, a contratação de uma comissão técnica para o time (o treinador Bruno Santos, o psicólogo Valdeci Santos e um fisioterapeuta), bem como a compra de equipamentos e materiais de jogos e treinos. 
 
O custeio das viagens que a equipe fará este ano também foi assegurado pelo projeto. A AM Paradesporto/ Prefeitura de Belo Horizonte vai participar de duas competições nacionais na temporada de 2019, o Campeonato Brasileiro – Série Prata e a Copa do Brasil.  
 
 

Evento

O evento desta terça-feira teve a participação do secretário municipal de Esportes e Lazer, Elberto Furtado, e de representantes do governo estadual e da empresa patrocinadora, a Sada. Elberto destacou que o projeto Vôlei sem Limites reforça o compromisso social da Prefeitura no âmbito do esporte e falou da importância da parceria com o setor privado.
 
“A Sada é uma parceira histórica do esporte em nosso Estado e sua participação no projeto Vôlei sem Limites irá contribuir para melhorar o acesso de pessoas com deficiência para a prática esportiva”, afirmou.
 
Flávio Pereira, diretor esportivo da Sada, expressou a satisfação de atuar como parceiro na realização do projeto, que, segundo ele, “traduz a filosofia do fundador da empresa de associar o esporte com a promoção social.”
 
Thiago Souza Santana, titular da superintendência de Fomento e Incentivo ao Esporte do Governo do Estado, parabenizou a Prefeitura de Belo Horizonte pela iniciativa de elaboração do projeto e à Sada, pelo patrocínio. Segundo ele, a experiência servirá de estímulo para várias prefeituras viabilizarem a execução de projetos esportivos para pessoas com deficiência.
 
A AM Paradesporto/ Prefeitura de Belo Horizonte realiza os treinos três vezes por semana, às terças, quintas e sábados, no ginásio do Centro de Referência para a Pessoa com Deficiência (avenida Nossa Senhora de Fátima, 2283, no bairro Carlos Prates), a maior unidade do programa Superar.  
 
Os atletas da equipe são homens de 15 a 45 anos, com situação de amputação de uma ou duas pernas, lesões articulares nos joelhos e paralisia cerebral leve. Também há caso de amputação de um braço.
 
 

Inclusão social

O Vôlei Sem Limites é um projeto que faz parte do Superar, um programa desenvolvido pela Prefeitura – por meio da Secretaria de Esportes e Lazer – que atende cerca de 950 pessoas com deficiência física, visual, intelectual, auditiva, múltipla e autismo. 
 
De acordo com Carla Dantes, gestora do Vôlei sem Limites, o projeto promove inclusão social e qualidade de vida. Com a ajuda do esporte, segundo ela, há casos de atletas da equipe que conquistaram espaços no mercado de trabalho, socialização e novas perspectivas de vida. 
 
Outro benefício do projeto são as viagens realizadas pelo time para competições em outros estados, o que contribui para a profissionalização da equipe e proporciona oportunidades de passeios turísticos. 
 
 

Sobre a modalidade

No vôlei sentado, podem competir homens e mulheres com alguma deficiência física ou relacionada à locomoção. São seis jogadores em cada time, divididos por uma rede de altura diferente e em uma quadra menor que a da versão olímpica da modalidade. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes.