Em 24 de maio é celebrado no Brasil o Dia Nacional do Cigano, que reafirma a luta contra o preconceito e joga luz sobre a potência das manifestações culturais destes povos. Alinhado à data, o Circuito Municipal de Cultura realiza uma programação especial com duas atividades em maio. Nesta quinta-feira (11), às 20h, o projeto Quinta no Raul, do Espaço Cênico Yoshifumi Yagi / Teatro Raul Belém Machado, recebe o espetáculo “Noche Flamenca”, da artista Mila Conde, que enfoca a icônica dança espanhola, fortemente influenciada pelos ciganos. Já no dia 24, às 15h, acontece no mesmo local a exibição do filme “Adeus, Calon” (2022), de João Borges e o Encontro da Comunidade Cigana, com representantes de povos de Belo Horizonte e Região Metropolitana.

O acesso aos eventos é gratuito e os ingressos devem ser retirados no site da Sympla. Mais informações podem ser encontradas nas redes e no site do Circuito Municipal de Cultura, que é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Instituto Odeon.

A relação do Espaço Cênico Yoshifumi Yagi / Teatro Raul Belém Machado com a comunidade cigana remete historicamente ao período anterior à construção da unidade, inaugurada em 2013, no bairro Alípio de Melo. O terreno era utilizado como acampamento cigano e, após a abertura, em diálogo com a comunidade cigana, surgiu a ideia de promover uma oficina de dança cigana permanente no espaço, que acontece semanalmente, desde 2016.

Uma das linguagens artísticas mais associadas à cultura cigana, a dança dá o tom da próxima edição do Quinta no Raul, marcada para esta quinta-feira (11), às 20h, no Espaço Cênico Yoshifumi Yagi / Teatro Raul Belém Machado. Bailarina, atriz, cantora e compositora, Mila Conde apresenta “Noche Flamenca”, espetáculo dedicado à icônica dança surgida no sul da Espanha, fortemente influenciada pelo povo gitano. Em uma explosão de cores e movimentos, os artistas se revezam no palco, em solo ou em conjunto, transformando a dança em um catalisador de emoções humanas. Ao som das castanholas, da guitarra e do ritmo do sapateado, o repertório traz Alegrias, Soleares, Tangos, Tientos, Tarantos , Bulerías e outros estilos musicais típicos do flamenco.

No dia 24, às 15h, o Espaço Cênico Yoshifumi Yagi / Teatro Raul Belém Machado recebe a comunidade cigana para a exibição de “Adeus, Calon” (2022), curta-metragem dirigido pelo mineiro João Borges. O documentário registra o cotidiano de um acampamento cigano em Ibirité, na Região Metropolitana de BH. No local, Dona Morena lê a mão de transeuntes para ganhar a vida, enquanto Seu Nonô canta para o tempo passar. Entre os afazeres cotidianos, chega o dia em que Morena tem que se confrontar com o mais triste dos rituais ciganos.  Após o filme, acontece o Encontro da Comunidade Cigana,quando o espaço estará aberto a conversas e outras apresentações artísticas dos representantes de povos ciganos de BH e Região Metropolitana, entre eles os antigos ocupantes do terreno e ministrantes da oficina permanente de dança cigana.

Sobre o Circuito Municipal de Cultura

Projeto estratégico da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, o Circuito Municipal de Cultura tem como objetivo promover a descentralização e a democratização do acesso a uma ampla programação artístico-cultural, atendendo a todas as regionais, valorizando e fomentando a produção cultural local dos diversos territórios da cidade. O Circuito Municipal de Cultura oferece programação contínua, em diversos formatos, a partir de ações descentralizadas nas nove regionais da PBH. São realizados shows, espetáculos cênicos, intervenções urbanas, exibição de filmes e mostras temáticas, além de atividades de reflexão e formação.

Lançado em dezembro de 2019, o Circuito Municipal de Cultura mantém o compromisso de oferecer programação cultural plural, com atrações gratuitas para todas as faixas etárias, destacando a produção local em todos os seus territórios e manifestações. Ao longo destes anos, o Circuito já realizou 628 apresentações nos espaços públicos das nove regionais da cidade, alcançando um público de mais de 700 mil pessoas, e contou com a participação de mais de 3.700 trabalhadores, entre artistas, Mestres da cultura popular, produtores e técnicos, reforçando seu importante papel de fomento, principalmente no período da pandemia de Covid-19.

No ano de 2022, o Circuito realizou 145 ações, com público estimado em 25 mil pessoas. Foram mais de 400 artistas envolvidos nesse período e aproximadamente 500 agentes da cadeia produtiva contratados, com maior destaque para artistas e fornecedores de Belo Horizonte e Região Metropolitana.