23 August 2019 -
O Programa Bolsa Pampulha, realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, e pelo JA.CA - Centro de Arte e Tecnologia, recebe no domingo, dia 25 de agosto, a oficina, às 10h, e a palestra, às 15h, “Fotografia e Memória”, com a artista visual Aline Motta. As ações acontecem no Museu de Arte da Pampulha (avenida Otacílio Negrão de Lima, 16.585) e têm o propósito de estimular a produção e a pesquisa em artes visuais na capital mineira, contribuindo para o processo formativo da comunidade artística local e nacional. A entrada é gratuita e as inscrições devem ser realizadas no site do programa.
A artista Aline Motta, de Niterói (RJ), vive e trabalha em São Paulo. É bacharel em Comunicação Social pela UFRJ e pós-graduada em Cinema pela The New School University (NY). Combina diferentes técnicas e práticas artísticas, mesclando fotografia, vídeo, instalação, performance, arte sonora, colagem, impressos e materiais têxteis. Sua investigação busca revelar outras corporalidades, criar sentido, ressignificar memórias e elaborar outras formas de existência. Foi contemplada com o Programa Rumos Itaú Cultural 2015/2016 e com a Bolsa ZUM de Fotografia do Instituto Moreira Salles 2018. Recentemente participou de exposições importantes como “Histórias Afro-Atlânticas” - MASP/Tomie Ohtake, "O Rio dos Navegantes"- Museu de Arte do Rio/MAR e “Modos de ver o Brasil” - OCA/Ibirapuera.
A oficina “Fotografia e Memória” acontece das 10h às 13h. Oferece um mergulho nos processos de criação de Aline Motta, compartilhando as diversas pesquisas que ela realizou em arquivos públicos e privados com o intuito de criar uma poética intimamente ligada com memória e trajetória de vida de alguns de seus familiares. A artista também propõe a ampliação de repertório visual com a apresentação de trabalhos das artistas negras americanas Carrie Mae Weems, Lorna Simpson e Lorraine O'Grady, cujas obras se conectam diretamente com o tema em questão.
A palestra “Fotografia e Memória” começa às 15h. Esta fala aberta pretende proporcionar uma experiência e contato direto com a artista e seus processos e métodos de trabalho, de modo que os presentes possam desenvolver e aprofundar suas próprias poéticas e pesquisas artísticas, a partir da trajetória de vida de seus familiares e experiências em suas comunidades.
Bolsa Pampulha: O Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte teve sua origem nos anos 1930 e, ao longo de oito décadas de existência, sempre com periodicidade bienal, foi se modificando. Em 2003, seu modelo foi transformado no Programa Bolsa Pampulha. De acordo com Francisca Caporali, diretora do JA.CA, foi proposto para esta edição do Bolsa Pampulha um processo no qual profissionais mulheres foram convidadas para compor a comissão de seleção e de acompanhamento e elas selecionaram um grupo que trata também de diferentes protagonismos e urgências de representatividade e identidade. “Estamos trabalhando para que exista um convívio desses artistas com outros agentes da cidade e para a construção dessas redes. Estamos encantados com o grupo de artistas selecionados e as importantes discussões com as artistas convidadas e a comissão de seleção”, afirma Francisca.
Artistas integrantes da 7ª edição do Bolsa Pampulha – Dez artistas foram selecionados do programa Bolsa Pampulha 2018/2019: Alex Oliveira (BA), Guerreiro do Divino Amor (RJ), David de Jesus do Nascimento (MG), Dayane Tropikaos (MG), Gê Viana (MA), Sallisa Rosa (GO), Sara Lana (MG), Simone Cortezão (MG), Ventura Profana (BA) e Desali (MG). Saiba mais sobre cada um aqui.
A diretora de Museus da Fundação Municipal de Cultura, Letícia Dias, destaca que o Bolsa Pampulha é pioneiro em residências artísticas no Brasil. “Ao promover e fomentar as artes visuais em Belo Horizonte, ele contribui para o processo formativo de jovens artistas, por meio de apoio financeiro para o desenvolvimento de suas pesquisas e trabalhos. Todo o processo de criação é acompanhado por pesquisadores de trajetória reconhecida na área e por propostas de diálogos abertos com a comunidade artística da capital", ressalta.
JA.CA – Centro de Arte e Tecnologia: É uma Organização da Sociedade Civil que realiza pesquisas, projetos e experimentações artísticas em seu espaço no Jardim Canadá, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e em outras localidades e instituições parceiras. A organização iniciou suas atividades, em 2010, como um projeto de residências artísticas internacionais, sendo consolidada e constituída formalmente como associação civil sem fins lucrativos, com objetivos de promoção e disseminação da cultura e da arte, no início de 2013.
Desde sua fundação executa e gere projetos que se alinham em dois principais eixos: atividade de formação e educação em artes; e pesquisas em arquitetura, urbanismo e design. É responsável, desde 2018, pelo Programa Educativo do Centro Cultural Banco do Brasil em suas quatro sedes (Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo).
A Organização da Sociedade Civil JA.CA Centro de Arte e Tecnologia foi selecionada pela Prefeitura de Belo Horizonte por meio de edital, lançado em julho de 2018, para atuar como parceira na produção do 33º Salão Nacional de Arte / 7º edição da Bolsa Pampulha, no Museu de Arte da Pampulha.