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Prefeitura segue com programação cultural para o Mês da Consciência Negra
Ricardo Laf/ PBH

Prefeitura segue com programação cultural para o Mês da Consciência Negra

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O “Novembro Preto: BH sem Racismo”, uma iniciativa da Prefeitura de Belo Horizonte com programação ampla em diversas áreas, segue cumprindo o papel nos equipamentos culturais públicos municipais de BH geridos em conjunto pela Secretaria Municipal de Cultura e pela Fundação Municipal de Cultura. Se unindo para celebrar o Mês da Consciência Negra, os espaços oferecem uma programação única que inclui visitas mediadas a exposições, rodas de conversa, mostras de cinema, apresentações artísticas, oficinas e muitas outras atividades que promovem a reflexão e celebração da cultura negra. Entre os equipamentos que receberão atividades neste mês de novembro estão o Museu Histórico Abílio Barreto, o Museu da Imagem e do Som, a Casa do Baile – Centro de Referência de Arquitetura, Urbanismo e Design, o Museu Casa Kubitschek, o Museu da Moda, o Teatro Marília, além do Cine Santa Tereza. Também recebem atividades o Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado, além dos Centros Culturais Alto Vera Cruz, Bairro das Indústrias, Jardim Guanabara, Liberalino Alves de Oliveira, Lindeia Regina, Padre Eustáquio, Pampulha, São Bernardo, São Geraldo, Salgado Filho, Usina de Cultura, Venda Nova, Vila Santa Rita, Vila Marçola e Zilah Spósito. A programação completa pode ser consultada no Portal Belo Horizonte.

A secretária municipal de Cultura, Eliane Parreiras, destaca a contribuição da Cultura para o fortalecimento do combate ao racismo e para o enriquecimento da diversidade cultural da cidade. "As atividades oferecidas vão ao encontro da política pública desenvolvida pela Prefeitura, promovendo a valorização e preservação das tradições afro-brasileiras em Belo Horizonte. A programação proposta pela área cultural visa refletir e contribuir com a difusão da história do povo negro em Belo Horizonte, com o fortalecimento das identidades culturais e das diversas vertentes das culturas de matrizes africanas na cidade", afirma.

A programação traz atrações com diferentes linguagens artísticas promovendo a arte e a cultura negra na cidade, como ressalta a presidente da Fundação Municipal de Cultura, Luciana Féres. "A programação reflete a pluralidade da cultura e das artes negras que são produzidas em Belo Horizonte, proporcionando um panorama rico de expressões culturais afrodescendentes. Entre as atividades estão presentes as artes visuais, literatura, música, patrimônio cultural, entre outras linguagens, que fortalecem a importância da cultura para a construção de uma sociedade mais igualitária e inclusiva", afirma a presidente.

Destaques da programação

Um dos destaques da programação será a realização da “II Jornada CULTAA - Fortalecendo Identidades: Lançamento do Livro Jardins do Sagrado” na sede da FUNARTE MG. O evento é parte do Programa CULTAA - Cultura e Articulação de Aprendizagens, que tem como foco as diversas aprendizagens fomentadas a partir das capacidades culturais e como elas se relacionam com outros direitos sociais, a fim de contribuir para o desenvolvimento integral do cidadão e da própria cidade. Na perspectiva de fortalecer as identidades e valorizar a diversidade cultural, o evento tem como eixo temático o lançamento do livro Jardins do Sagrado, incentivando a participação da população negra e indígena em diferentes áreas do conhecimento, fomentando vivências e diálogos voltados para a consciência política e histórica, com foco nos sujeitos e suas práticas.

A Prefeitura de Belo Horizonte também realiza o programa comemorativo “Belo Horizonte Hip-Hop 40 anos”, composto por shows, batalhas de MCs, Saraus, Slams e bate-papo sobre Hip-Hop, entre outras atrações e atividades que serão realizadas até o final do ano. Trata-se de uma iniciativa organizada em conjunto com a sociedade civil para celebração e promoção do Hip-Hop na capital mineira. Entre os destaques da programação “Belo Horizonte Hip-Hop 40 anos”, está o lançamento do selo comemorativo “BH Hip-Hop 40 Anos”, uma identidade visual que busca demarcar e dar identidade à produção e fruição artística dos artistas locais, criada de forma coletiva em parceria com diversos atores do setor.

Com uma programação diversificada no Mês da Consciência Negra, os centros culturais oferecem 31 atividades, entre exposições, rodas de conversa, exibições de filmes, apresentações artísticas, oficinas, entre outras atrações. Realizam atividades os Centros Culturais Alto Vera Cruz, Bairro das Indústrias, Jardim Guanabara, Liberalino Alves de Oliveira, Lindeia Regina, Padre Eustáquio, Pampulha, São Bernardo, São Geraldo, Salgado Filho, Usina de Cultura, Venda Nova, Vila Santa Rita, Vila Marçola e Zilah Spósito.

No Centro Cultural Usina de Cultura a “Oficina de Culinária Afetiva – Afro-gastronomia, sabores e saberes ancestrais” visa contribuir para a descolonização da cultura gastronômica mineira e promover a importância da mulher negra na culinária. O projeto foi proposto por Kelma Zenaide e a atividade é realizada com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, aberta ao público. Já no Centro Cultural São Bernardo, Rita Aragão apresenta um sarau baseado em temas afro-brasileiros e contos que resgatam memórias e brincadeiras da infância. O espaço também recebe a Semana de Cinema Negro de Belo Horizonte, que apresenta 27 filmes de realizadores brasileiros e africanos, além de homenagear o cinema africano e a produtora mineira Ponta de Anzol, que completa 5 anos.

No Centro Cultural Vila Marçola, acontece a “Oficina de Direção Teatral – Teatro Favela”, que aborda a técnica teatral do "teatro favela" e é realizada em parceria com o grupo de teatro Morro Encena, além do evento “Soul Preto Convida”, em que a Banda Kayajhama celebra seus 25 anos ao lado do DJ Cunta. No Centro Cultural Bairro das Indústrias acontece a “Oficina de Máscaras Africanas para Crianças”, uma atividade que aborda a arte, a cultura e os significados das máscaras africanas, voltada para o público infantojuvenil. No Centro Cultural Lindéia Regina, ocorre o “Sarau e Feira – Poder ao Povo Negro”, um evento que reúne música, poesia, RAP, Reggae, MPB, dança, e muito mais. O sarau conta com artistas como Dino & Ikakaroto, LR91 e Beluka.

O terceiro Batizado e Troca de Cordas de Capoeira é marco na programação do Centro Cultural Vila Santa Rita, e conta com a participação do Arte Quilombo Capoeira. No Centro Cultural Alto Vera Cruz, a segunda edição da “Exposição Rainhas Negras” exibe 22 obras fotográficas e artísticas durante o horário de funcionamento do CCAVC. No Centro Cultural Padre Eustáquio acontece a terceira edição da “Africânia”, evento que celebra a beleza negra e busca viabilizar oportunidades nas áreas de publicidade, música e arte. No Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira acontece um encontro de coletivos de matriz africana para celebrar as heranças culturais e tradicionais no mês da Consciência Negra, além do evento “Samba de Casa Faz Milagre, é Minas Uai”, projeto que busca compartilhar histórias e sucessos de artistas compositores mineiros, gravados por artistas renomados.

O Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado realiza uma Roda de Capoeira promovida pelo Grupo Esporão, levando a capoeira para praças e parques de BH. O

Projeto “Uai Soul Marquinho” também ocupa a Tenda do Casarão e o CRCP com o melhor do Black Soul, e o show “Sandra Soul, Retratos e Canções” homenageia Sandra de Sá, uma das maiores cantoras do Brasil, além de destacar a música soul brasileira. Na Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte, o projeto “Escritas Negras” destaca uma seleção do acervo de obras literárias de autores negros, brasileiros e estrangeiros, disponíveis para empréstimos na unidade.

O Cine Santa Tereza promove, de 24 a 30 de novembro, a mostra “Hip-Hop nas Telas”, celebrando os 50 anos do Hip-Hop no mundo e os 40 anos no Brasil, com um conjunto de filmes de ficção e documentários que remontam às origens do movimento e aos elementos a ele associados, como o Breaking, o MCing, o Graffiti, o Djing. A programação traz para as telas um pouco da história, do cotidiano e do contexto de atuação de agentes culturais que trabalham, na defesa de direitos, transformando e impactando a cultura mundial. A mostra conta ainda com sessões comentadas por nomes da cena mineira.

Celebrando os seus 80 anos, a Casa do Baile - Centro de Referência de Arquitetura, Urbanismo e Design promove o “Baile - Corpo Oralidades Negras Ausentes”, do multiartista Camilo Gan. Trata-se de uma performance resultante de uma pesquisa de investigação reflexiva sobre a presença e a acessibilidade de pessoas negras à própria Casa do Baile, sobretudo depois de sua inauguração em 1942. A atividade é realizada em parceria com o Centro de Referência da Dança de Belo Horizonte (CRDança) através do Edital Concurso FMC número 0002/2023/Dança Corpo-Território.

Os museus também desenvolveram atividades para destacar a cultura negra nos espaços museais. O Museu Histórico Abílio Barreto realiza visitas mediadas especiais e rodas de conversas nas atividades "A origem da cidade de Belo Horizonte e seu passado afrodescendente" e "Resistências e Sobrevivências na exposição Complexa Cidade - algumas reflexões". O Museu da Moda realiza a roda de conversa e mini desfile "A Influência da Cultura Preta na Moda Cotidiana" e recebe o “Seminário: Africanidades e Brasilidades: linguagens da Diáspora”, que trará a cultura  de matriz africana com suas linguagens na moda e estética (as inscrições podem ser feitas aqui).

Novembro Preto: BH sem Racismo

O “Novembro Preto: BH sem Racismo” é coordenado pela Diretoria de Políticas de Reparação e Promoção de Igualdade Racial (DPIR) da Subsecretaria de Direitos de Cidadania, que realiza uma série de ações promovidas para marcar o dia 20 de Novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. O principal objetivo é levantar a reflexão sobre a importância do povo negro e da cultura de matriz africana na construção e na cultura da cidade de Belo Horizonte com impacto no desenvolvimento da identidade cultural brasileira. Além disso, traz a proposta de evidenciar os problemas sociais que ainda afligem essa parcela da população, que representa 53% da população da cidade de Belo Horizonte. A programação completa do Novembro Preto: BH sem racismo pode ser vista no Portal da PBH.