29 October 2019 -
A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão e com o apoio institucional da ONU-Habitat, promoveu o “Seminário de Geoprocessamento e Políticas Públicas: Planejamento, Governança e Monitoramento em Belo Horizonte”. O encontro, inserido no calendário de eventos Circuito Urbano 2019, foi realizado na quinta-feira, dia 24 de outubro, no auditório Juscelino Kubitscheck, na sede da administração municipal.
O objetivo do seminário foi apresentar as políticas de geoprocessamento e a importância da geoinformação para se pensar a cidade e definir as políticas públicas. Para isso, foram mostradas as ferramentas para acesso aos dados geográficos do Município, sua administração e o sistema de cadastro territorial.
“A Prefeitura é produtora de muitas bases de dados que podem ser utilizadas pelos ambientes acadêmicos, empresariais e tecnológicos. Serão promovidos outros eventos como esse, pois temos muito material a apresentar. Essa administração tem a preocupação de potencializar o uso de informações territoriais e de geoprocessamento na gestão, monitoramento formulação e acompanhamento das diversas políticas públicas”, destacou o secretário municipal adjunto de Planejamento, Orçamento e Gestão e subsecretário de Modernização da Gestão, Jean Mattos.
A superintendente de Geoprocessamento Corporativo da Prodabel, Karla Albuquerque, proferiu a palestra “Governança das bases de dados geoespaciais da Prefeitura de Belo Horizonte”, em que relatou que a capital mineira é destaque em nível nacional no geoprocessamento. “Fomos escolhidos para participar do projeto-piloto do Sistema Nacional de Gestão de Informações Territoriais do Governo Federal, junto com Fortaleza e Campinas. Temos 45 anos de experiência em Cadastro Territorial. A Cidade Digital, que é uma cartografia, surgiu em 1989. Nosso ecossistema urbano está cada vez maior e conhecer a cidade é fundamental para ações assertivas. Projetar cidades melhores, melhorar o serviço público e o uso dos recursos, tudo isto passa pela informação geoespacial”, informou a superintendente.
Já o gerente de Indicadores da Secretaria de Planejamento, Rodrigo Nunes, tratou sobre a importância da geoinformação no monitoramento local da agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). “Somos referência neste assunto em todo o país. Já visitamos várias cidades no Brasil para fazer palestras sobre este tema. Temos um know-how acumulado por anos de continuidade em gestão dos dados na Prefeitura. Todo o investimento que é feito na base informacional da Prefeitura nos ajuda a aprimorar as informações que utilizamos para fazer o monitoramento e o planejamento de políticas públicas. São 17 objetivos de desenvolvimento sustentável e 169 metas que são monitoradas por 232 indicadores propostos pelas Nações Unidas. Nosso planejamento é alinhado com estes objetivos”, relatou.
Outros temas tratados durante o seminário foram o “Uso de geoinformação no planejamento e gestão do Carnaval em Belo Horizonte”, pelo presidente da Belotur, Gilberto Castro; “Uso de drones para o monitoramento, planejamento e gestão territorial”, pelo gerente de Manutenção do Cadastro Territorial Multifinalitário da Prodabel, Ângelo Neto; “Sistema de informações urbanísticas e endereços”, pela diretora de Cadastro e Informação Urbanística da Secretaria de Política Urbana de Belo Horizonte, Ana Zoroastro; “O geodesign como método de construção coletiva de acordos urbanos e participação cidadã”, pela professora de Arquitetura da UFMG, Ana Moura; e “Caminhada urbana e análise de rede: vizinhanças completas no Plano Diretor de Belo Horizonte”, pelo diretor de Monitoramento da Legislação Urbanística da Secretaria de Política Urbana, Guilherme Pereira.
O evento contou com cerca de 200 participantes, entre servidores e convidados que atuam na área.