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Garoto e garota, sentados, de boné, realizam recorte de papel.
Foto: Andréa Moreira/PBH

Prefeitura promove Semana da Diversão no Centro Cultural Pampulha

criado em - atualizado em

Sessões de cinema, brincadeiras e oficinas foram algumas das atividades programadas para a Semana da Diversão realizada no Centro Cultural Pampulha no período de 28 de janeiro a 1º de fevereiro. O objetivo foi oferecer às crianças a oportunidade de participar de atividades lúdicas e culturais, promovendo a descontração no final das férias.

 

Para atender tanto crianças quanto adolescentes, a programação foi bem diversificada. Oficinas de Brinquedos e Brincadeiras e de Contação de Histórias com Márcia Finamore e de Danças Urbanas com Carolina Amaral fizeram parte das atrações, além de Sessão Pipoca com a exibição do filme “Viva: a Vida é uma festa” e oficinas de Stencil e de desenho com os artistas plásticos Priscila Paoli e Fabiano Valentino, respectivamente. Ao longo da semana, participaram das atividades cerca de 80 crianças e adolescentes.

 

 

Cores, formas e diversão

Cartolinas, telas, tecidos, tintas coloridas e muita criatividade. Esses foram os materiais utilizados na Oficina de Stencil conduzida pela geógrafa, produtora, estilista e artesã Priscila Paoli. Stencil é uma técnica milenar de estampar imagens simetricamente por meio de um “molde” rígido. A imagem é transferida para esse molde por meio de material perfurante como lâminas, tesouras, estiletes, facas, etc. Com esse molde pronto, o desenho é pintado em qualquer superfície, seja tecido, papel, etc.

 

Bacharel em Geografia e pesquisadora de metodologia participativa, Priscila explicou que o objetivo principal da oficina é aproximar crianças, adolescentes, pais e educadores em um ambiente lúdico, artístico e criativo. “Quando a expressão artística é protagonizada diretamente pelo indivíduo, gera o empoderamento da pessoa. A Oficina de Stencil proporciona essa vivência tão necessária nos dias de hoje”, definiu.

 

Mãe do Josias, de sete anos, e do Isac, de cinco, Júnia Benigna Rodrigues da Silva participou da oficina de contação de histórias e auxiliou os filhos na Oficina de Stencil. “Os meninos fizeram também a oficina de instrumentos e e com meu incentivo vieram nesta aqui. O Josias gostou muito de pintar a evolução do homem. Já o Isac gostou mesmo foi de pintar o triângulo da bandeira de Minas”, contou.

 

Carlos Eduardo de Jesus, 12, participou de outras atividades no Centro Cultural, como as oficinas de brincadeiras, pintura e a sessão de cinema. Para ele, a novidade mesmo foi a técnica do stencil. “Nunca tinha feito aula de pintura. Gostei, mas achei a técnica um pouco difícil, principalmente recortar com o estilete”.

 

A oficina de desenho com o artista plástico e muralista Fabiano Valentino, mais conhecido como Pelé, encerrou a Semana da Diversão. O artista é um dos autores do projeto Favela Bela, que promove intervenções artísticas no Aglomerado Santa Lúcia com o objetivo de fazer obra de arte ao ar livre e, assim, mudar a imagem da região.  

 

Pelé explica que a primeira aula da oficina é bem livre. “Primeiro, as crianças precisam conhecer o material, perder a vergonha e vencer o ‘não consigo desenhar’. Não adianta ensinar a técnica do desenho sem a criança vencer o medo. Depois, vai aprendendo sobre o uso do lápis, a mistura de cores, os tipos de materiais, etc.”, explicou. Para o artista, o desenho traz uma importante contribuição para o desenvolvimento do ser humano. “O desenho traz liberdade, promove transformação da mente e amplia a maneira de ver o mundo”, afirmou.

 

Gerente do Centro Cultural Pampulha, Ramalho Almeida Júnior avaliou que a Semana da Diversão foi um sucesso, ressaltando a importante atuação dos voluntários nas atividades do equipamento. “É fundamental para o nosso trabalho a parceria com a comunidade local e também com pessoas de outras regiões da cidade que vêm doar seu tempo e sua arte para nosso público. Na Semana da Diversão, contamos com a participação desses voluntários que somaram esforços, proporcionando entretenimento para nossas crianças, além do contato com as artes e a cultura”, considerou.