22 January 2025 -
A Prefeitura de Belo Horizonte mantém, durante todo o ano, a vigilância epidemiológica e ambiental de casos de febre amarela na capital. Uma medida indispensável para garantir a proteção da população é a vacinação contra a doença, que é uma arbovirose. Por isso, para facilitar e ampliar o acesso aos locais que disponibilizam as doses, os imunizantes estão disponíveis em todos os 153 centros de saúde da cidade e no Serviço de Atenção à Saúde do Viajante. Os estoques estão abastecidos com as vacinas e a aplicação é gratuita. Os endereços e horários de funcionamento das unidades podem ser verificados on-line.
A imunização é feita de acordo com a avaliação da situação vacinal de cada pessoa, sendo essa verificação de responsabilidade de profissionais da rede SUS-BH. O esquema vacinal da febre amarela é composto por uma aplicação aos 9 meses de idade e a segunda aos 4 anos. Acima de 4 anos o imunizante é administrado em dose única. Atualmente, o índice de vacinados está em 91,8%. A meta recomendada pelo Ministério da Saúde é 95%.
A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus e transmitida pela picada de mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes (na área rural) e Aedes aegypti (na área urbana). Os últimos registros em humanos foram em 2018, com 15 casos importados, ou seja, situações em que a doença foi contraída fora de Belo Horizonte. Já em 2024 foram notificados três casos em humanos, que após investigação foram descartados.
Como parte das ações de vigilância também é feito o monitoramento de primatas, que não transmitem o vírus para o homem, apenas são infectados e adoecem, assim como os humanos. Esses animais atuam como importante indicador de locais com a circulação do vírus amarílico. Em 2024 foi identificado um mico morto na região Centro-Sul da capital, que teve confirmação para febre amarela. O registro anterior havia sido em 2021, na regional Oeste da cidade.
“Em 2025, até o momento, não houve nenhum caso registrado em humanos ou primatas, mas nós seguimos com o recolhimento de todos os micos e macacos mortos em vias públicas e parques da cidade exatamente para realizar os testes necessários. A morte desses animais é um indicador da presença do vírus em determinada região e, quando há um resultado positivo para a febre amarela, reforçamos as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti nos arredores”, ressaltou a subsecretária de Promoção e Vigilância à Saúde, Thaysa Drummond.
Ações de prevenção
Durante todo o ano, como forma de prevenir casos de arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti, como a febre amarela, a dengue e a chikungunya, são realizadas ações para eliminar possíveis criadouros do mosquito transmissor em área urbana, incluindo vistorias em imóveis, mutirões de limpeza e aplicação de inseticida a Ultra Baixo volume (UBV), dentre outras ações. Caso haja um primata com teste positivo para a doença essas medidas são intensificadas estrategicamente.
Outra importante estratégia é o monitoramento da cobertura vacinal em residências que estejam em um raio de cerca de 300 metros de onde o animal foi encontrado. Com isso, quando é identificado que uma pessoa está com o cartão de vacinação desatualizado, o profissional faz a aplicação da vacina na própria residência, evitando a necessidade de deslocamento a uma unidade de saúde.
Como solicitar o recolhimento de um primata morto?
A população também pode contribuir na identificação de macacos ou micos mortos, basta acionar a Prefeitura para o devido recolhimento. A Secretaria Municipal de Saúde orienta a não tocar nos animais e entrar em contato com a Gerência de Zoonoses da regional, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Os telefones podem ser verificados no portal da Prefeitura. Após as 17h, aos sábados, domingos e feriados o acionamento deve ser feito pelo telefone 153.