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Prefeitura faz parceria com cooperativas para a coleta seletiva

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A partir desta terça-feira, dia 17 de setembro, a coleta seletiva porta a porta passa a ser feita por seis associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis, integrantes do Fórum Municipal Lixo e Cidadania de Belo Horizonte. Elas foram contratadas pela Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) e serão remuneradas a preço de mercado pela autarquia, que também cederá seis caminhões compactadores para a atividade e será responsável pelo planejamento e fiscalização do serviço. Toda a mão de obra, que recebeu treinamento da Superintendência Limpeza de Urbana, ficará a cargo das cooperativas. A iniciativa beneficiará diretamente cerca de 200 famílias de cooperados.

 

A entrega das chaves dos caminhões às cooperativas foi nesta segunda-feira, dia 16, em um evento no coreto do Parque Municipal que contou com a presença do prefeito Alexandre Kalil. A presidente da Rede Cataunidas, que congrega as cooperativas Asmare e Coopersoli, Maria Madalena Rodrigues, comemorou o novo momento para os catadores. “É o reconhecimento de uma política pública, de um direito de trabalho. Os catadores deixaram de ser coitadinhos para serem prestadores de serviço. Parabéns à cidade de Belo Horizonte, parabéns aos catadores e catadoras e parabéns aos militantes dessa causa”, disse.

 

O superintendente de Limpeza Urbana, Genedempsey Bicalho, ressaltou o pioneirismo de Belo Horizonte ao incorporar os catadores na coleta seletiva. “Uma prática com essa modelagem não se encontra em outro lugar. Esse ineditismo não acontece por acaso. Há uma construção, que ganhou sustentação e celeridade nos últimos dois anos, bem de acordo com os objetivos dessa administração”, disse.

 

Atualmente, a coleta seletiva porta a porta é realizada de segunda-feira a sábado em 36 bairros da capital, atendendo a uma população aproximada de 388 mil habitantes. Nos primeiros 30 dias da coleta seletiva feita pelas cooperativas, os motoristas serão acompanhados por funcionários da Superintendência de Limpeza Urbana, até que possam memorizar a rota. Após esse período, uma campanha de mobilização social será feita com os moradores atendidos pelo serviço, visando aumentar o número de adeptos da coleta seletiva.

 

De acordo com a diretora de Gestão e Planejamento da Superintendência de Limpeza Urbana, Patrícia de Castro Batista, a contratação das cooperativas representa um grande avanço social, uma vez que, com a nova receita vinda da prestação do serviço, elas terão condições de crescer e de agregar mais cooperados, tirando da informalidade catadores que fazem o serviço de forma avulsa. “A expectativa é que os belo-horizontinos se identifiquem com essa proposta social e aumentem a quantidade e a qualidade dos produtos separados para a coleta seletiva”, afirmou a diretora.

 

Ela também ressaltou os ganhos ambientais. “A coleta seletiva proporciona uma diminuição da exploração de recursos naturais, economia de energia, melhoria da limpeza da cidade e da qualidade de vida da população e o aumento da vida útil dos aterros sanitários”, considerou.

 

As cooperativas que prestarão o serviço de coleta seletiva foram cadastradas por meio de chamamento público e contratadas com dispensa de licitação. São elas a Asmare (Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável), Associrecicle (Associação dos Recicladores de Belo Horizonte), Coomarp (Cooperativa dos Trabalhadores com materiais Recicláveis da Pampulha Ltda), Coopemar (Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis da Região Oeste de BH), Coopesol (Cooperativa Solidária de Trabalhadores e Grupos Produtivos da Região Leste) e Coopersoli (Cooperativa Solidária dos Recicladores e Grupos Produtivos do Barreiro e Região).

 

A prestação da coleta seletiva porta a porta pelas cooperativas é mais uma iniciativa no sentido de incrementar a coleta seletiva na cidade. A próxima etapa será a modernização da coleta seletiva ponto a ponto, com a instalação de novos contêineres e automação do processo de recolhimento por parte dos caminhões. As iniciativas seguem as diretrizes propostas pelo Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Belo Horizonte ao estabelecer como um dos Projetos Estratégicos a Ampliação do Programa Municipal de Coleta Seletiva.