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Prefeitura destina terrenos para produção de alimentos na capital
Foto: Débora Oliveira

Prefeitura destina terrenos para produção de alimentos na capital

criado em - atualizado em

A Prefeitura de Belo Horizonte implantou mais cinco unidades produtivas comunitárias na cidade. A partir de agora, a capital passa a contar com 47 pontos de produção de alimentos que ocupam mais de 96 mil metros quadrados. Os novos canteiros estão distribuídos em três regionais: hortas Solar da Serra e Ascobama (Barreiro), Horta da Baixada - Coletivo Recicla Esplanada (Leste) e Espaço Girassol (Nordeste). Para manter todas as unidades produtivas funcionando, a PBH investiu quase R$ 1 milhão. 

 

Nos últimos anos, a Prefeitura de Belo Horizonte reforçou a atuação e assessoramento junto às Unidades Produtivas de Agricultura Urbana, como hortas e agroflorestas, qualificando a atuação de agricultores urbanos para a produção de alimentos saudáveis em diversas áreas do município. Dessa forma, a produção consegue chegar mais rápido à mesa de quem precisa.

 

Todo o processo de construção é realizado de maneira participativa, como explica a subsecretária Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, Darklane Rodrigues. Ela destaca que para iniciar a implantação de uma unidade produtiva, é preciso ter a comunidade juntamente com uma equipe qualificada, além do apoio da gestão para destinar terrenos, insumos e pessoal.

 

“Esse trabalho demanda capacidade técnica, mas também disposição do coletivo, composto pelos futuros agricultores. São três fases somente no período de implantação, da construção social do grupo, a formação técnica e só depois a preparação da área e plantio inicial. Ao final uma questão é certa: a comunidade sai fortalecida, as famílias melhoram a renda e a alimentação e a região ganha um espaço sustentável”, detalha a subsecretária.

 

Apesar de não haver área rural no município, a Prefeitura atua junto aos cidadãos e coletivos no incentivo à implantação e à manutenção de unidades produtivas em áreas remanescentes. Terrenos municipais, parques com sistemas agroecológicos de hortas, pomares, agroflorestas, compostagem e viveiros também são usados para produzir alimentos saudáveis para diversos fins, promovendo a segurança alimentar e nutricional, a geração de renda e o desenvolvimento local sustentável. Tudo isso possibilita que áreas que estavam inutilizadas sejam aproveitadas dando nova função social aos espaços.

 

Desenvolvimento Sustentável

A Horta Familiar Solar da Serra, localizada próximo à praça Ellen Gould White, no bairro Solar, na região Barreiro, uma das unidades implantadas recentemente pela prefeitura, conta com a atuação de 14 famílias de agricultores. Elaine Cristina da Silva, 41 anos, é uma das agricultoras que atuam no local e conta como o espaço tem sido transformador. “A implantação da unidade produtiva aqui na nossa comunidade foi uma grande conquista. Anteriormente era apenas um espaço ocioso e hoje serve de fonte de renda, contribui para saúde de quem consome os produtos da nossa horta, por meio de uma alimentação mais saudável, além de ser um espaço fortalecedor de vínculos entre as pessoas que passam por aqui”, salienta.

 

A Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional incentiva e apoia a implantação e manutenção de unidades produtivas de agricultura urbana, organização social do grupo, capacitação técnica e a oferta de insumos. Anualmente, a Susan credencia grupos interessados na implantação de novas Unidades Produtivas.

 

Além da produção de alimentos, o espaço conta agora com a implantação de sistemas agroflorestais que integram as “Agroflorestas Urbanas”. A iniciativa, desenvolvida em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, revitalizou uma área degradada de 15 mil m² por meio do plantio de 1.150 mudas de espécies nativas de Mata Atlântica, de exemplares de Cerrado, além de frutíferas como laranjeiras, bananeiras, jaqueiras e jabuticabeiras. As novas árvores são fruto de compensação ambiental decorrente de intervenção em vegetação para fins de edificações, na qual os empreendimentos ficam responsáveis pela aquisição e implantação das mudas, bem como sua manutenção pelos próximos quatro meses após o plantio.

 

De acordo com o técnico agrícola responsável pelos plantios, Artêmio Cirqueira, a escolha destas espécies foi estratégica, pensando na biodiversidade mais rica e o fortalecimento do solo.  “Todos os plantios feitos aqui foram agroecológicos – desde o adubamento até o combate a parasitas, para favorecer a plantação, o solo e a manutenção dos recursos hídricos da região. Nós priorizamos uma variedade de espécies de forma que, além de enriquecer a flora local, sejam possíveis as colheitas dos frutos no futuro”, aponta.

 

O secretário Municipal de Meio Ambiente, Mário Werneck, comemorou a entrega do projeto, reiterando o compromisso do município em reunir sustentabilidade, resgate de ecossistemas e novas possibilidades de qualidade de vida para a população: “Por meio de uma única estratégia, a PBH tem gerado oportunidades de desenvolvimento para agricultores locais, proteção de recursos hídricos e reocupação de matas ciliares que estavam se perdendo. As Agroflorestas apresentam um olhar do município para o futuro, com políticas públicas que mudam, efetiva e tridimensionalmente, a vida das nossas comunidades”, destacou.

 

Clique aqui e confira os endereços das Unidades Produtivas Coletivas e Comunitárias da cidade.