Em celebração pelo Dia Mundial da Bicicleta (3 de junho), a Prefeitura de Belo Horizonte anuncia melhorias na infraestrutura para ciclistas, com a ampliação da rede de paraciclos pela capital. Alternativa sustentável, saudável e acessível, esse meio de transporte vem ganhando cada vez mais espaço. Os paraciclos são equipamento usados para estacionar bicicletas, e novos foram instalados pela BHTrans nas estações Venda Nova e São Gabriel, facilitando a integração com o transporte público, além de estimular o uso da bike para o deslocamento diário.

Em BH, o avanço das bicicletas como meio de transporte é reforçado pelas ações da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SMMUR), Superintendência de Mobilidade Urbana (Sumob) e BHTrans. Atualmente, a cidade conta com quase mil paraciclos públicos espalhados por pontos estratégicos de grande circulação, como parques, centros culturais, prédios públicos e estações de transporte coletivo.

O paraciclo é um equipamento individual usado para estacionar bicicletas, e o conjunto deles forma um bicicletário. Segundo Mauro Luiz Cardoso, supervisor de Projetos e Obras Especiais da BHTrans, a previsão é ampliar ainda mais essa infraestrutura em 2025, com a instalação de paraciclos nas estações Pampulha e Diamante, além de novos bicicletários na Estação Vilarinho, viabilizados por medidas compensatórias junto ao Shopping Estação.

A proposta é que cada estação conte com pelo menos 25 paraciclos, o equivalente a 50 vagas, pois cada dispositivo comporta duas bicicletas. “É fundamental promover a conexão entre a bicicleta e os meios de transporte de massa, como ônibus e metrô. Por isso, equipar as estações com bicicletários é essencial para garantir essa integração”, destaca Mauro Luiz.

Pedala BH

Há mais de 30 anos, a PBH investe na criação de condições para que a bicicleta seja utilizada de forma mais segura e eficiente, especialmente nos deslocamentos de curta distância. Desde o início da implantação do Programa Pedala BH, em 2011, foram instalados paraciclos por toda a cidade, com crescimento contínuo, anualmente. 

A expansão da rede de paraciclos atende a demandas diversas por toda a cidade, como comércios, universidades, teatros, praças e as estações MOVE, onde o usuário da bicicleta tem a oportunidade de fazer a conexão modal com os ônibus.

Bicicletas elétricas e compartilhadas

A implantação de sistemas de compartilhamento de bicicletas é uma iniciativa para aumentar os deslocamentos e incentivar sua utilização pela cidade. Os equipamentos compartilhados estão em consonância com as diretrizes do Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte (PlanMob- BH), que vem sendo construído em conjunto com a sociedade civil.

Belo Horizonte conta com 51 estações de bicicletas elétricas compartilhadas, com 500 bikes disponíveis, sendo 34 estações na área central e 17 na região da Pampulha. O projeto é uma parceria da Prefeitura com a empresa Tembici e patrocínio da Estácio, e levou em consideração a topografia da capital para implantar o primeiro sistema com estações fixas e 100% de bicicletas elétricas da América Latina.

Todos os pontos de instalação foram estabelecidos por meio de pesquisas e avaliações conduzidas por técnicos da Tembici e da Prefeitura, que consideraram fatores como a proximidade de ciclovias e a demanda da população. As estações estão sendo implantadas para conectar diferentes modais, próximas a importantes conexões com o transporte público, estações do MOVE e do metrô.

Ciclovias e Ciclofaixas

Belo Horizonte conta hoje com 108 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas. Somente em 2024, foram implantados 8,8 quilômetros de novas vias cicláveis e requalificados 24 quilômetros de trechos já existentes.

A BHTrans também apresentou ao PAC 2023 projetos para a implantação de mais 66,84 quilômetros de ciclovias, que aguardam liberação de recursos.