A Prefeitura de Belo Horizonte apresentou ao Ministério Público de Minas Gerais as medidas que vêm sendo adotadas para minimizar os efeitos das mudanças climáticas no cotidiano da cidade. A reunião, realizada na semana passada, abriu caminho para a construção de estratégias que possam fazer com que a população, especialmente nas áreas de risco, não seja vítima. A ideia é unir esforços do Executivo, MP e universidades da capital.

Representada pelo secretário adjunto de Meio Ambiente, Guilherme Pimenta, e pela gerente de Ações de Sustentabilidade, Sônia Knauer, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente apresentou políticas e ações desenvolvidas pelo município e quais estratégias podem ser desenvolvidas. "A reunião faz parte de uma iniciativa fundamental do MP de juntar a academia e a gestão da cidade com o propósito de diminuir a vulnerabilidade do município às mudanças climáticas. Nela, pudemos apresentar todo o arcabouço técnico desenvolvido aqui, que certamente poderá ajudar na tomada de decisões com relação às áreas de risco. A promotora, inclusive, sugeriu a formatação de um seminário sobre o assunto, no qual poderemos plantar importantes sementes de avanço nos diálogos", explica Sônia Kanuer. 

Internacionalmente reconhecida por seu protagonismo na construção de políticas climáticas, Belo Horizonte conta atualmente com um Inventário de Emissão de Gases de Efeito Estufa atualizado com o instrumento de análise de riscos e vulnerabilidade climática, além de toda a base diagnóstica do consumo de energia e recursos hídricos da cidade.

Além disso, em 2021, a cidade aderiu à campanha global Race to Zero, assumindo a meta de neutralização do carbono até 2050 e foi uma das oito cidades convidadas a contribuir com o desenvolvimento de um resumo para Formuladores de Políticas Urbanas do IPCC, bem como o refinamento das conclusões do Sexto Relatório de Avaliação das mudanças climáticas no planeta, desenvolvido pela ONU. 

Para acompanhar as demais ferramentas, o Plano de redução das emissões de gases de efeito estufa (PREGEE) também foi revisado e é prevista para o final do ano a conclusão do Plano Local de Ação Climática (PLAC). O documento determinará políticas para a cidade reduzir suas emissões de gases de efeito estufa e minimizar as possíveis perdas materiais e humanas causadas por eventos climáticos extremos.