21 October 2021 -
Durante todo o ano, a Prefeitura de Belo Horizonte mantém as ações de vigilância e combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Com as chuvas, as atividades realizadas pelos Agentes de Combate a Endemias são intensificadas nas áreas de maior risco, conforme os critérios entomológicos (infestação pelo vetor) e epidemiológicos (concentração de casos suspeitos e confirmados).
Os agentes percorrem os imóveis reforçando as orientações sobre os riscos do acúmulo de água e que podem se tornar potenciais criadouros do mosquito, além de orientar sobre como eliminar estes criadouros e, se necessário, fazer a aplicação de biolarvicidas. Em 2021, foram realizadas cerca de 3 milhões de vistorias dos Agentes de Combate a Endemias com esse objetivo.
“Até o momento, temos pouco mais de 800 casos confirmados de dengue em Belo Horizonte. Agora, com as chuvas, é o momento de reforçar as medidas preventivas para não termos um aumento neste número. Para que em 2022 as doenças como Dengue, Chikungunya e Zika permaneçam sob controle, os cuidados precisam ser redobrados a partir de agora”, explica o subsecretário de Vigilância e Promoção à Saúde, Fabiano Pimenta.
Outra ação que auxilia no direcionamento do combate ao mosquito é o Levantamento de Índice Rápido de Infestações por Aedes Aegypti (LIRAa). A previsão de finalização é até a primeira quinzena de novembro. O objetivo do levantamento é identificar as áreas da cidade com mais detecções de focos do mosquito e os criadouros predominantes.
“Essas informações possibilitam a intensificação das ações de prevenção e controle dessas doenças, o combate à dengue nos locais com maior presença do mosquito Aedes aegypti e, ainda, segundo a realidade local, considerando as características dos criadouros predominantes em cada área, indicar ações como mutirões, vistorias mais detalhadas e ações educativas”, acrescenta Pimenta.
A Secretaria Municipal de Saúde também mantém a aplicação de Inseticida a Ultra Baixo Volume (UBV) para o combate a mosquitos adultos em áreas com casos suspeitos de transmissão local e em função de uma avaliação ambiental focalizada pelas equipes de controle de zoonoses. Em 2021 foram realizadas ações com uso UBV em cerca de 7 mil imóveis. “O produto tem o objetivo de eliminar o mosquito em sua fase adulta, em que o vírus pode ser transmitido. A aplicação é realizada com equipamentos especiais e o trabalho ocorre, de preferência, pela manhã ou no final da tarde”, informa o subsecretário.
Em 2020, foi assinado um termo de cooperação para o uso de drones, que tem facilitado a identificação de possíveis focos em locais de difícil acesso para as equipes de Agentes de Combate a Endemias. Os drones também são utilizados para a aplicação de larvicida diretamente nos locais de risco, quando estes são de difícil acesso para a equipe de Zoonoses. Até o momento, foram realizados 106 sobrevoos com a identificação de quase 8 mil prováveis focos em potencial nas nove regionais do município.
Há também a continuidade das liberações progressivas dos mosquitos com Wolbachia em todas as regiões do município. O método é complementar às demais ações de controle e prevenção da Dengue, Zika e Chikungunya executadas durante todo o ano pelo município de Belo Horizonte. A Wolbachia é um microrganismo intracelular e não pode ser transmitida para humanos ou animais.
Mosquitos que carregam o microrganismo têm a capacidade reduzida na transmissão das arboviroses, diminuindo assim, o risco de surtos de dengue, zika, Chikungunya e febre amarela. Cabe ressaltar que esse método não envolve qualquer modificação genética do vetor Aedes aegypti.
O combate ao mosquito, para ser mais efetivo, precisa da união do poder público com a sociedade. É importante que cada um contribua, fazendo uma vistoria semanal em casa e nos locais de trabalho, eliminando qualquer situação que possa propiciar o acúmulo de água. Mais de 80% dos focos do Aedes aegypti são encontrados no ambiente domiciliar. Com essas medidas, é possível evitar que em 2022, Belo Horizonte tenha alta infestação do mosquito e, consequentemente, não conviva com o aumento no número de casos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.