A Vila São Francisco das Chagas, na região Noroeste, é mais uma beneficiada pelas obras do Programa de Gestão de Risco Geológico-Geotécnico do município, que tem o objetivo de mitigar os riscos na capital. A obra do Orçamento Participativo (OP), destinada ao tratamento de encosta na Rua Espinosa foi entregue nesta segunda-feira (20) pelo prefeito Fuad Noman. Mais de 100 famílias que moram na região foram beneficiadas pelas intervenções feitas pela Prefeitura de Belo Horizonte. 

Foram destinados para a obra aproximadamente R$ 4 milhões, com recursos originários do Fundo Municipal de Saneamento (FMS) e disponibilizados pelo Fundo Municipal de Habitação Popular (FMHP). As intervenções incluem muros de contenção, retaludamento para melhorar a estabilidade do terreno, revegetação da encosta e implantação de redes de esgoto e drenagem, além de melhorias dos acessos já existentes no entorno.

O prefeito Fuad Noman ressaltou que o Programa de Gestão de Risco Geológico-Geotécnico já está trazendo resultados, garantindo que a população não sofra com desmoronamentos. “Estamos no período de chuvas e essa é uma região que está segura. Agora, os moradores que vivem nessa região, podem dormir tranquilos, não vamos ter problema. Uma obra está feita, entregue, mais uma obra da Urbel e a Prefeitura está aqui trabalhando para a população, para o povo de Belo Horizonte”, comemorou. 

As obras realizadas pela Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel) vão garantir que o local, que tem declive acentuado e já sofreu com deslizamentos anteriormente, não sofra novamente com o mesmo problema, trazendo segurança e qualidade de vida para os moradores. Nas fortes chuvas que afetaram a capital em 2020 dezenas de famílias que ocupavam a encosta foram retiradas preventivamente.  

De acordo com o diretor-presidente da Urbel, Claudius Vinícius Leite, é mais uma obra de contenção de encostas entregue para a comunidade antes do período chuvoso. “A vila São Francisco das chagas era um ponto de atenção da Prefeitura, pois a região possuía um histórico de acidentes geológicos. Com a  segurança da área recuperada, vamos nos dedicar a outras demandas apresentadas pela comunidade”, concluiu. 

Programa de Gestão de Risco Geológico-Geotécnico

O Programa de Gestão de Risco Geológico-Geotécnico de Belo Horizonte prevê obras emergenciais para mitigação dos riscos geológicos em toda a capital, beneficiando aproximadamente 245 mil pessoas. Até o momento 216 intervenções já foram finalizadas e 88 estão em andamento pela Urbel e Sudecap.

O programa tem duas etapas: a primeira, de curto prazo, prevê a execução de obras já elencadas e projetos. Na segunda etapa haverá a licitação do diagnóstico de risco ampliado (no médio prazo) e viabilização e captação de recursos para obras de reassentamento (a longo prazo). 

Serão feitas intervenções em pés de encostas, estabilização dos morros, além de esgotamento e drenagem, para evitar que a água não escorra e desestabilize os barrancos.