25 August 2022 -
O Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/Teatro Raul Belém Machado recebe nesta sexta-feira (26) e sábado (27), às 20h, e domingo (28), às 19h, o espetáculo “A Obscena Senhora H – Paixão e Obra de Hilda Hilst”, solo narrativo da atriz Luciana Veloso, com direção de Juarez Dias. A peça reconta a paixão de Hilda Hilst por seu primo Wilson Hilst, suscitando reflexões sobre a cultura de opressão e machismo. Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente no site www.diskingressos.com.br pelo valor promocional de R$25, ou na bilheteria do teatro, duas horas antes da apresentação, por R$40 (inteira) e R$20 (meia). A programação completa dos teatros municipais pode ser acessada no Portal Belo Horizonte.
“A Obscena Senhora H – Paixão e Obra de Hilda Hilst” retorna aos palcos de Belo Horizonte exatamente no mês da campanha “Agosto Lilás”, campanha de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, que tem como referência à Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), criada para dar assistência às mulheres vítimas de violência. No palco, a atriz Luciana Veloso, ganhadora do Prêmio Cenym de Teatro Nacional 2020 pela interpretação solo em “A Obscena Senhora H”, (indicado como Melhor Monólogo), encena momentos do relacionamento violento e abusivo, que a escritora Hilda Hilst vivenciou com seu primo Wilson Hilst, 20 anos mais jovem, durante a criação de seu livro “A Obscena Senhora D”, lançado em 1982. O encontro marca uma relação mais profunda entre a vida e a obra da escritora, em que realidade e ficção se misturam num mesmo enredo. A narrativa traz um olhar questionador sobre a dominação masculina nas relações sociais, promovendo uma reflexão quanto à cultura de opressão e machismo nos dias atuais.
Hilda Hilst foi uma poeta, ficcionista, cronista e dramaturga brasileira, considerada pela crítica especializada como uma das maiores escritoras em língua portuguesa do século XX. Escreveu por quase cinquenta anos, tendo sido agraciada com os mais importantes prêmios literários do Brasil, Prêmio PEN Clube de São Paulo, Prêmio Anchieta, Associação Paulista de Críticos de Arte (Prêmio APCA e Grande Prêmio da Crítica pelo Conjunto da Obra), Prêmio Jabuti e Prêmio Cassiano Ricardo (Clube de Poesia de São Paulo), Prêmio Moinho Santista, entre outros. Mudou-se para a Casa do Sol, construída na fazenda de sua mãe em 1966, onde passou a viver e produziu a maior parte de sua obra. Depois de sua morte, a casa tornou-se sede do Instituto Hilda Hilst e foi tombada pelo Patrimônio Histórico de Campinas.
O espetáculo tem duração de 60 minutos e a classificação indicativa é de 16 anos
Ficha técnica
Criação: Juarez Guimarães Dias e Luciana Veloso
Atuação: Luciana Veloso
Dramaturgia e Encenação: Juarez Guimarães Dias
Direção de Movimento: Sitaram Custódio
Direção de Produção: Janine Avelar
Cenografia: Juarez Guimarães Dias
Design de luz: Bruno Cerezoli
Figurino: Andreia Gomes
Máscaras: Lívia Rabelo
Preparação Vocal: Ana Hadad
Trilha Sonora Original e Design de Som: Daniel Nunes