29 August 2023 -
A Prefeitura de Belo Horizonte vai entregar em setembro mais 32 jardins de chuva. Essas estruturas vão se juntar às 28 que já fazem parte do programa, chegando a 60 no total. Eles vão contribuir para evitar inundações e alagamentos na bacia dos Córregos do Nado e Vilarinho, envolvendo a implementação de jardins nos bairros Santa Amélia, Planalto, Itapoã, Santa Branca e Helena Antipoff.
Os jardins de chuva são compostos por pequenas estruturas que possuem a capacidade de aumentar a captação, retenção e infiltração da água da chuva. Durante o período chuvoso, eles proporcionam a redução da velocidade e do volume do escoamento da água, contribuindo para atenuar as inundações na área urbana. Além disso, elevam a capacidade de recarga dos aquíferos urbanos, pois são implantados em áreas antes impermeabilizadas.
A espécies vegetais escolhidas para o projeto são adaptadas aos períodos de chuva e seca, típicos do clima de BH, além de contribuir para controle da temperatura. Essa estratégia de urbanismo também contribui com a melhoria do espaço público, pois as estruturas oferecem paisagismo para as ruas e, em alguns casos, podem ter mobiliário urbano como bancos.
Segundo Isaac Medeiros, diretor de Análise de Licenciamentos Urbanísticos Especiais, “o Projeto Jardins de Chuva é de grande importância para o futuro da cidade de Belo Horizonte, pois além de contribuir para prevenção de riscos de inundação no município, por serem soluções baseadas na natureza, contribuem para diversos objetivos simultaneamente. Ao serem inseridos no espaço público, tem o potencial de melhorar o meio ambiente da cidade, mas principalmente o de alterar a relação do cidadão com os espaços públicos, na medida em que se apresenta como um elemento de embelezamento do ambiente e também um novo espaço de apropriação por parte dos cidadãos”, afirma.
Ainda segundo Isaac, os moradores terão papel fundamental na conservação. “Assim, a parceria com a população no entendimento, acolhimento e cuidado com esses jardins é um ponto fundamental para a sustentabilidade e resiliência da cidade, uma obrigação que temos hoje para com as gerações futuras de belo-horizontinos”.