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Cartaz do programa Movimenta PBH
Foto: Arte/Divulgação

PBH promoveu encontros virtuais para servidores durante o mês de fevereiro

criado em - atualizado em

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio do programa Movimenta PBH, promoveu encontros virtuais para os servidores e colaboradores da administração municipal durante o mês de fevereiro. Os temas dos eventos foram a procrastinação, alimentação saudável, o etarismo e a diabetes.

 

Lígia Rache Pereira, gerente de Gestão do Desenvolvimento da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão e integrante do Movimenta PBH, explica que os encontros tiveram o objetivo de promover o bem-estar e a qualidade de vida dos agentes públicos, com foco na saúde física e mental.

 

A procrastinação foi tema do primeiro evento, realizado no dia 02/02. O psicólogo Paulo Henrique Jelihovschi falou com os participantes sobre este hábito de adiar as ações. “A procrastinação é  diferente da preguiça. O procrastinador quer fazer a tarefa, mas não consegue por causa da ausência de prazer  ou da  má gestão do tempo. A pessoa deve ter uma conversa consigo mesma e mudar estes hábitos que a impedem de realizar as tarefas. Às vezes, a ajuda de um especialista é fundamental para que o procrastinador mude seus hábitos. É importante criar uma rotina alternativa e fazer algo diferente ao hábito estabelecido que te gere uma nova recompensa”, relatou Paulo.

 

O segundo encontro foi realizado no dia 8 de fevereiro. Após o sucesso do formato criado em 2021, o Movimenta PBH iniciou o segundo ano dos encontros mensais de alimentação saudável. Desta vez, a nutricionista Cleunice da Silva conversou com os participantes sobre a importância da reeducação alimentar.

 

“Falamos sobre a continuação da reeducação alimentar, que exige motivação e disciplina. E de como é preciso definir metas de curto, médio e longo prazo para alcançarmos nossos objetivos. Nesse processo, é importante que a pessoa saiba o que melhorar, o que tem que ser mantido em equilíbrio e o que será eliminado. Além da alimentação saudável, a pessoa pode criar novos hábitos que ajudam a ter uma boa saúde, como exercício físico, sono de qualidade, gerenciamento do estresse, saúde mental e atividades de lazer”, explicou Cleunice.

 

O etarismo (preconceito relacionado ao público idoso) foi o tema do segundo encontro virtual, promovido no dia 16 do mês passado. O médico geriatra Rodrigo Lara e o psiquiatra Guilherme Rocha conversaram com os participantes sobre este tipo de discriminação que afeta a vida de muitos idosos.

 

Rodrigo alertou que este preconceito é semelhante ao racismo e ao sexismo. “Tudo pode começar com as tais “brincadeiras” desagradáveis com os mais velhos, que acabam tendo um sentimento de exclusão devido à sua idade. A Covid 19 aumentou mais ainda essa condição. Houve um maior isolamento de uma população já mais reclusa e, midiaticamente, os idosos foram colocados como vetores do vírus e responsáveis pela exaustão do sistema de saúde. Para combater o etarismo, temos que incentivar o convívio entre gerações na família e sociedade e criar cidades amigas dos idosos, ou seja, que ofereçam condições melhores aos mais velhos”, concluiu Rodrigo.

 

O psiquiatra Guilherme Rocha afirmou que a partir de 2031 haverá mais idosos do que crianças e adolescentes no Brasil. “Em 2042 teremos 57 milhões de brasileiros idosos. Existe o etarismo velado e o explícito. Todos estes causam impactos negativos na saúde mental do servidor. A pessoa pode ser constrangida em público ou sofrer práticas veladas como o preterimento na formação das equipes de trabalho e os comentários maldosos sobre idade. Há também o preconceito disfarçado de “cuidado”, quando falamos aos idosos que essa tarefa vai ficar pesada para você. Tudo isto deve ser evitado”, enfatizou Guilherme.

 

Para encerrar as atividades do mês, no dia 24, servidores tiveram um bate-papo com um especialista sobre a diabetes. O endocrinologista Flávio Moreira falou sobre como compreender melhor a diabetes, abordando os sintomas, diagnóstico e prevenção da doença. O médico tratou também da importância da insulina e quais são os tipos de diabetes, além dos mitos e verdades que cercam esta enfermidade.

 

“Hoje em dia, um em cada 11 adultos tem diabetes. Ela foi responsável pela morte de 410 mil pessoas em 2021 e o custo de saúde com diabetes foi estimado em US$ 65 bilhões no ano passado.  Ela é uma doença caracterizada pela elevação de glicose do sangue e pode ocorrer por defeito na produção ou na ação da insulina. Os sintomas podem ser a sede constante, urina com muita frequência, cansaço, visão turva e fome difícil de saciar. O tratamento pode ser feito pelo planejamento alimentar, por atividade física ou por uso de medicamentos”, orientou o endocrinologista.