4 Maio 2023 -
A Prefeitura de Belo Horizonte participou da Cúpula das Cidades das Américas, maior evento de cooperação mundial entre cidades do continente americano e do Fórum de Prefeitos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O município foi convidado a participar dos eventos ao lado de cidades de todas as Américas, de diversos tamanhos, portes e realidades, no intuito de promover o compartilhamento de experiências e desafios relevantes para os diversos ambientes urbanos. Dentre as inovações apresentadas, esteve o Programa Belo Horizonte Cidade Inteligente, uma referência no que se refere à integração e otimização de serviços para os cidadãos.
Planejamento e desenvolvimento urbano; ações climáticas; sustentabilidade; políticas de cidades inteligentes; transformação e inclusão digital; mobilidade; financiamento e parcerias foram alguns dos principais temas debatidos entre os líderes presentes.
No evento, também foi criada a Rede Global de Cidades Antirracistas, que teve Belo Horizonte como uma das signatárias, no intuito de inovar em políticas públicas de promoção da igualdade racial para beneficiar a população negra, indígena, quilombola, cigana e tradicional de matriz africana, assim como refugiados, imigrantes e demais grupos étnicos minorizados e vulneráveis socialmente.
A secretária Municipal Adjunta de Desenvolvimento Econômico, Chyara Sales Pereira, o diretor-presidente da Prodabel, Jean Mattos Duarte, e o subsecretário municipal de Planejamento Urbano, Pedro de Freitas Maciel Pinto, representaram a capital no encontro, realizado em Denver, no Colorado (EUA).
“Retornamos dos Estados Unidos com a noção de que há muito o que fazer globalmente, no sentido da cooperação internacional, mas cientes também da importância de as cidades, como Belo Horizonte, terem voz nas decisões e nas estruturas que formam os compromissos econômicos, políticos e internacionais que orientam as vidas e os meios de subsistência das nossas comunidades”, explica Chyara Sales.
“Participamos de bons debates sobre os desafios dos governos nacionais e das cidades, e como eles podem ser solucionados de maneira conjunta, a exemplo de Belo Horizonte, com a cooperação regional e a busca de soluções integradas em questões como transformação digital, ambiente e clima, mobilidade, inclusão, dentre outros temas”, comenta Jean Mattos.
Declaração de Denver define prioridades entre as cidades
As Américas são as regiões mais urbanizadas do planeta, com mais de 80% da população morando em áreas urbanas. Nas cidades se concentram as oportunidades, mas também podem coexistir altos níveis de desigualdade socioeconômica, incluindo infraestrutura e habitação precárias e desigualmente distribuídas, além das deficiências de conectividade que tornam desiguais as oportunidades.
As cidades das Américas continuam sendo também um destino para migrantes que buscam segurança, oportunidades econômicas e serviços sociais, incluindo assistência médica. As decisões políticas nacionais, porém, frequentemente não contemplam a coordenação essencial ou os recursos necessários para que as comunidades atendam adequadamente às necessidades básicas de migrantes e de refugiados.
Diante desse diagnóstico, durante Cúpula das Cidades das Américas algumas ações foram relacionadas na Declaração de Denver sobre as prioridades da cidade para a cooperação regional:
Habitação e Desenvolvimento Sustentável
- Comprometimento com a busca de políticas habitacionais e de desenvolvimento para garantir maior oferta e reduzir o peso dos custos para as famílias, de acordo com a Nova Agenda Urbana e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável;
- Envolver as comunidades no planejamento e implementação dessas políticas para desenhar espaços que respondem às suas necessidades.
Migração
- Construir comunidades de pertencimento, onde os migrantes encontram segurança, acolhimento e caminhos para a plena inclusão social e econômica.
Mudanças climáticas e Resiliência
- Criar comunidades de resiliência, por meio do investimento em comunidades mais vulneráveis.
Transformação digital
- Liderar o caminho para fornecimento de acesso digital do início ao fim e para a expansão do acesso a tecnologias financeiras essenciais
- Proteger a privacidade enquanto aumenta o acesso e a liberdade de expressão, bem como eliminar preconceitos e diversificar ferramentas e tecnologias emergentes
- Promover o investimento inclusivo para expandir acesso e disponibilidade ao mundo digital em todo o ambiente construído e em nossas comunidades e escolas.