10 July 2019 -
A coleta domiciliar de resíduos de Belo Horizonte, executada pela Prefeitura, por meio da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), vem sendo aperfeiçoada nos últimos anos para assegurar mais agilidade no recolhimento do lixo urbano e mais proteção para os garis. Toda a frota é rastreada por meio de GPS e, nos grandes corredores viários da cidade, o serviço é executado seguindo outros cuidados especiais. As medidas servem para garantir mais agilidade à coleta e proteção aos funcionários, motoristas e pedestres.
Além disso, desde 2017 os caminhões coletores compactadores que recolhem o lixo por toda a cidade possuem um sistema de sensores que identifica a presença dos garis no estribo. Com isso, o veículo só se movimenta a uma velocidade máxima de 20 km/h quando esses profissionais estão a bordo, realizando as tarefas, e nos deslocamentos das garagens ou bases de apoio até o roteiro de coleta os trabalhadores ficam dentro das cabines dos veículos.
De acordo com a gerente de Projetos de Coleta da SLU, Daniella Wilken, o recolhimento do lixo nas avenidas mais movimentadas ocorre predominantemente à noite. “O expressivo volume de lixo exposto nesses locais exige que o caminhão tenha de permanecer parado por um tempo às vezes maior, mas nada que prejudique a circulação dos demais veículos”, informa. Ela cita como exemplo o caso do Edifício Maletta, situado na rua da Bahia, no centro. “São lugares onde há condomínios com diversas residências, lanchonetes, restaurantes e hotéis”, assinala.
Outro detalhe importante, segundo Daniela Wilken, é o fato de a SLU contar com autorização especial da BHTrans para deslocamento, por exemplo, nas pistas exclusivas do Move. “São licenças concedidas a cada um de nossos veículos a partir de critérios técnicos estabelecidos por aquele órgão. Com a indicação dos horários e de onde podemos trafegar, desenvolvemos nossos roteiros e, se houver qualquer mudança no trânsito, ajustamos nossos percursos”, conta
Entre as avenidas incluídas no esquema especial de limpeza, está a avenida Afonso Pena, com coleta toda noturna, além das avenidas Cristiano Machado (até o bairro Cidade Nova), Andradas (trecho dentro dos limites da avenida do Contorno), Nossa Senhora do Carmo, rua Padre Pedro Pinto e parte da rua Jacuí.
Em um segmento da avenida Amazonas, na área fora dos limites da Contorno, o recolhimento é diurno, assim como na rua Padre Eustáquio onde apenas alguns pontos mais intensos são limpos à noite. Uma boa extensão da avenida Antônio Carlos também recebe a coleta à noite. Já a avenida do Contorno inteira é atendida pela coleta domiciliar sempre no período noturno.
Daniella salienta ainda que os caminhões da SLU trafegam à direita da pista onde estão localizados os resíduos das lojas e residências. Para evitar que a movimentação na via seja prejudicada, os compactadores circulam por uns três quarteirões recolhendo o lixo numa grande avenida e, em seguida, deslocam-se por ruas mais tranquilas dos bairros. “Essa alternância contribui para evitar retenções nas vias de trânsito rápido”, destaca.
Ações interligadas
Já no hipercentro da capital, a coleta de lixo começa às 20h. Logo depois, inicia-se o último turno diário de varrição, como forma de reforço da limpeza. “Portanto, temos dois serviços casados que funcionam conjuntamente, apresentando resultados bastante satisfatórios”, enfatiza Daniella. “Queremos que a qualidade da coleta seja a mesma em toda a cidade, mesmo com os desafios e as peculiaridades de cada região”, salienta a gestora.
Fernanda Siqueira, comerciante na avenida Antônio Carlos, na altura do bairro Cachoeirinha, elogia o trabalho das equipes. Para ela, as turmas executam as ações com muito profissionalismo e eficiência, mesmo diante das dificuldades do trânsito intenso do local: “São ágeis e conseguem com muita habilidade recolher os resíduos, sem deixar nada para trás”, afirma.
Claudinei Noronha, responsável por expor os resíduos da loja onde trabalha na avenida Amazonas, tem sempre o cuidado de dispor o lixo bem acondicionado, com os sacos próximos uns dos outros, para facilitar o trabalho dos garis. “É importante também não colocar os resíduos na calçada muito antes do recolhimento para evitar que se espalhem, causando transtornos”, salienta.