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Garis da SLU recolhem lama de uma esquina próximo a um caminhão.
Foto: Divulgação PBH

PBH investe em ações de prevenção em período chuvoso

criado em - atualizado em
Em momentos de alerta máximo contra os temporais, todos os esforços estão sendo empregados a fim de minimizar os impactos do excesso de chuvas sobre Belo Horizonte. Para isso, a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) conta com o apoio de diversos órgãos do município como a Secretaria Municipal de Obras e infraestrutura, a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil, as regionais e o Centro de Operações da Prefeitura.


Diretora Operacional da SLU, Andréa Fróes informa que as equipes são mobilizadas imediatamente após a chuva, para que a remoção dos resíduos que estiverem obstruindo calçadas, ruas e avenidas seja feita o quanto antes possível. Nessas ocasiões, o trabalho consiste na raspagem e retirada de lama, areia e outros materiais dessa natureza. “Ficamos ainda mais atentos nos períodos chuvosos, principalmente quando a Defesa Civil emite um comunicado de segurança”, explica. 


Segundo a diretora, respostas rápidas e eficientes têm sido alcançadas como, por exemplo, nas ações de contingência promovidas na avenida Cristiano Machado, região Nordeste da capital. Segundo Andréa, as pistas, incluindo as exclusivas do Move, foram liberadas para o tráfego de veículos no mesmo dia.  



Prevenção

Os trabalhos de limpeza e prevenção de alagamentos são rotineiros e diários. Nos períodos de seca, são realizadas vistorias em conjunto com a Defesa Civil nos locais onde há previsão ou histórico de pancadas fortes. Com isso, as ações são reforçadas nessas áreas, inclusive as precauções com as bocas de lobo. É retirado todo tipo de lixo desses equipamentos – plástico, garrafas, papel, vidro, terra, guimbas de cigarro, folhas, lama, entre outros.


Andréa destaca que Belo Horizonte já possui mapeadas as chamadas manchas de inundação. “Em virtude disso, temos hoje nossas 60 mil bocas de lobo limpas a cada dois meses. Nas regiões que inspiram maior preocupação, a limpeza é feita a cada 15 dias”, esclarece. “O que temos observado é que lugares mais frequentados, como áreas comerciais, portas de escola e pontos de ônibus, são também os locais em que se verificam as maiores dificuldades de microdrenagem das águas pluviais, porque alguns cidadãos, não todos, descartam descuidadamente os resíduos nos espaços públicos.” A diretora lembra que existem cerca de 26 mil cestos coletores para resíduos leves na cidade. “É importante que nos habituemos a utilizá-los de maneira apropriada.”


Em 2017, foram realizadas cerca de 200 mil ações de limpeza de bocas de lobo, antes da época das chuvas. Durante esse trabalho, são recolhidas de 10 a 20 toneladas de resíduos, por dia; ou 400 toneladas por mês, o que representa 5 mil toneladas, por ano.

  

Alertas importantes

Chefe do Departamento de Serviços de Limpeza da SLU, Pedro Assis Neto pede aos motoristas que evitem estacionar seus veículos sobre as grelhas das bocas de lobo para não danificá-las com o peso e para não atrapalhar a ação dos garis. “A obstrução desses equipamentos, por caminhões, vãs e todo tipo de veículo, pode gerar atraso na execução do serviço”, enfatiza.


A orientação para moradores e comerciantes é que, ao varrerem suas calçadas, não joguem os resíduos da varrição dentro das bocas de lobo, mesmo que sejam apenas folhas. “O correto é recolher esse lixo com pás e descartá-lo nos dias e horários da coleta domiciliar.”


Jamais elimine sobras de comida e gordura em bueiros ou bocas de lobo, pois qualquer resíduo poderá comprometer o escoamento da enxurrada. “Outra atitude correta é nunca despejar restos de obras ou concreto nas bocas de lobo, pois essa ação é altamente perigosa por dificultar a passagem das águas pluviais”, salienta Assis.

 
Em caso de obras, não deixe areia ou brita na calçada para não serem levadas pelas chuvas. Esse material pode acabar sendo depositado no interior das bocas de lobo. Utilizem as lixeirinhas para resíduos leves. Uma outra boa opção é guardar o lixo na bolsa, sacola ou mochila se estiver fora de casa.


Cláudia Ramos, moradora do bairro São Francisco, região da Pampulha, lamenta que muitas pessoas ainda não tenham tomado consciência da necessidade da cooperação participativa em favor da segurança de todos. “As chuvas neste ano estão muito intensas, por isso cada um de nós precisa contribuir com atitudes simples, mas salvadoras, para minimizar os efeitos do grande volume de água sobre a capital”, pondera. “Expor o lixo de nossas casas próximo ao horário de recolhimento e nunca jogar lixo no chão são gestos de educação, prevenção e respeito, favoráveis a nós mesmos”, conclui.

 

08/03/2018. Ações Emergenciais de chuvas. Fotos: PBH/Divulgação