A Prefeitura de Belo Horizonte intensificou as ações para atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade social em função das baixas temperaturas registradas na capital. A PBH conta com um plano de contingência que atua em diversas frentes, como Assistência Social e Direitos Humanos, Saúde, Segurança Alimentar e Defesa Civil. Nos dias mais frios, são distribuídos cobertores e há um reforço no encaminhamento para abrigos. Importante arma para garantir a prevenção de quadros mais graves de síndromes respiratórias, a vacina contra a gripe também é ofertada para as pessoas em situação de rua. 

As equipes que atendem diretamente esse público (Serviço Especializado de Abordagem Social, Consultório na Rua e BH de Mãos Dadas) intensificam as orientações quanto à proteção dos usuários em dias de temperaturas mais baixas, especialmente no período noturno. Já as equipes da Abordagem Social reforçam a atuação no encaminhamento para as unidades de acolhimento, conhecidas como abrigos e albergues, onde é feito um monitoramento especial de ocupação das vagas.

Caso seja necessário, é garantida a ampliação emergencial de vagas dentro das próprias estruturas ou em hospedagens parceiras, preparadas para o acolhimento humanizado desta população. Os serviços municipais de plantão têm acesso às vagas em tempo integral, facilitando o encaminhamento e a alocação de indivíduos que busquem o acolhimento. 

Atualmente, o município conta com 600 vagas diárias de acolhimento na modalidade casa de passagem com oferta de alimentação, higienização, guarda de pertences e pernoite. Especialmente no período de frio, este modelo de acolhimento também conta com a flexibilização do horário de entrada. 

Atendimento de Saúde 

Para garantir cuidado em saúde para a população em situação de rua, a Prefeitura conta com o Consultório na Rua, com atuação voltada para o público adulto, principalmente aqueles em situação de risco de agravamento clínico, e crianças e adolescentes com trajetória de vida nas ruas que estejam em situação de risco e vulnerabilidade. 

Equipes circulam com vans nas dez regionais oferecendo acolhimento, escuta qualificada e cuidados em saúde. São psicólogos, redutores de danos, médicos, enfermeiros, arte-educadores e assistentes sociais que fazem avaliação de risco de pessoas com queixas clínicas, planejam os cuidados em saúde e, a partir de cada caso, elaboram estratégias para redução de danos. Além dos atendimentos no espaço da rua, as equipes também têm uma função importante de articulação, apoio e vinculação dessas pessoas com os serviços da rede socioassistencial. 

Ainda como parte das ações do Consultório na Rua, há a aplicação de vacinas. Neste momento de sazonalidade de doenças respiratórias está sendo reforçada a oferta do imunizante contra a gripe. Todas as pessoas acima de seis meses de idade, e que estão em situação de rua, são vacinadas pelas equipes itinerantes. 

Nos períodos de baixas temperaturas as equipes de Consultório na Rua intensificam as ações de monitoramento de riscos de hipotermia e infecções respiratórias, com avaliações clínicas e aferição de dados vitais. Identificados casos que necessitam de encaminhamento a algum serviço, como centros de saúde ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), os profissionais acompanham o usuário ou aciona o SAMU, a depender da gravidade clínica. 

Cardápio especial 

A oferta de alimentação nos equipamentos públicos também passou por adequações durante o período de baixas temperaturas. Os restaurantes populares e o refeitório têm o cardápio adaptado com a inclusão de preparações quentes para atender aos usuários, inclusive as pessoas em situação de rua. 

De maio a julho, os cardápios priorizam as preparações quentes típicas do inverno, como feijoada, vaca atolada, polentas, tutu de feijão, caldos de feijão, caldo de mandioca e caldo de moranga. São servidas, em média, 2,5 mil refeições por dia à população em situação de rua, incluindo café da manhã, almoço e jantar.