Pular para o conteúdo principal

PBH estrutura unidades para atendimento de casos suspeitos de dengue
Rodrigo Clemente/PBH

PBH estrutura unidades para atendimento de casos suspeitos de dengue

criado em - atualizado em

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) já estruturou os serviços de saúde para garantir a assistência necessária à população e o atendimento eficiente aos moradores com sintomas de dengue, zika ou chikungunya, principalmente neste período de chuvas e temperaturas mais elevadas – condições favoráveis à proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor das três arboviroses.

A Secretaria Municipal de Saúde abasteceu os estoques de insumos e medicamentos das unidades de saúde da capital e capacitou novamente os profissionais sobre o manejo clínico e o fluxo que deve ser seguido para os pacientes com suspeita dessas doenças, seguindo os atuais protocolos do Ministério da Saúde.

O secretário municipal de Saúde, Danilo Borges Matias, explica que os 152 centros de saúde de Belo Horizonte funcionam de segunda a sexta-feira, durante 12 horas, e devem ser a primeira unidade a ser procurada quando uma pessoa apresenta sintomas de dengue como febre, dores no corpo, dor de cabeça e manchas vermelhas na pele.

“Esses equipamentos estão preparados para fazer o atendimento do paciente com suspeita de dengue, zika e chikungunya. A nossa orientação é que o usuário só procure as UPAs quando o centro de saúde não estiver aberto ou em caso de piora no quadro clínico”, detalha o secretário municipal.

Fluxo de atendimento

Nos centros de saúde, todo paciente com suspeita de dengue (ou de outra arbovirose) é classificado de acordo com o quadro clínico e é feita coleta para exames de diagnóstico. Enquanto aguarda atendimento, o usuário recebe soro para reidratação oral. Além de um cartão de acompanhamento, que deve ser apresentado em todos os retornos na unidade até a alta da assistência.

Os pacientes que não fazem parte do grupo de risco, não apresentam sinal de alarme ou gravidade (dor de barriga intensa, vômitos persistentes, sangramento, tontura ou sensação de desmaio, prostração e irritabilidade) são classificados como grupo A. Após a consulta, a pessoa recebe prescrição de repouso, soro para reidratação oral, medicamentos e a orientação sobre o retorno ao centro de saúde.

Já as gestantes, pacientes menores de 2 anos de idade, com 65 anos ou mais, portadores de comorbidades ou de risco social são classificados como grupo B. “São pessoas que têm mais chances de complicações e evoluir para dengue grave. Após o primeiro atendimento, esses pacientes são orientados a retornar diariamente ao centro de saúde para a reavaliação e realização de hemograma para acompanhamento”, acrescenta o secretário de Saúde. Cabe reforçar que, enquanto aguarda o resultado do exame, o paciente permanece na unidade, recebendo hidratação oral. Se houver alguma alteração, ele é encaminhado para uma UPA.

As pessoas com suspeita de dengue com sinais de alarme ou de gravidade são classificadas como C ou D. No centro de saúde é iniciada a hidratação venosa e o paciente é encaminhado para a UPA, podendo inclusive ser transferido para um hospital.

“Esse fluxo está pactuado com as unidades de saúde da nossa rede. Estamos monitorando o cenário epidemiológico e assistencial de forma sistemática e contínua, já que 2023 foi o primeiro ano em que houve circulação sustentada de chikungunya e há a possibilidade do aumento da circulação do sorotipo 3 da dengue. Em caso de sintomas de dengue como febre, dor de cabeça ou no corpo, procure um centro de saúde”, completa o secretário municipal.

O endereço de todos os centros de saúde, assim como os horários de funcionamento, pode ser verificado no Portal da PBH.

Plano de Enfrentamento

Belo Horizonte conta com o Plano de Enfrentamento às Arboviroses (dengue, zika e chikungunya) que contempla ações que têm como objetivo ofertar uma assistência oportuna, segura e de qualidade, de forma a evitar a ocorrência de casos com maior gravidade e óbitos. O plano é ativado gradativamente mediante o monitoramento de indicadores que apontam o cenário epidemiológico e assistencial.

Dentre as ações previstas no plano que podem ser implantadas estão a ampliação do horário de funcionamento dos centros de saúde, aberturas de novos serviços, incremento de profissionais e de equipamentos.