10 December 2021 -
O prefeito Alexandre Kalil e a primeira-dama e diretora do Movimento Gentileza, Ana Laender, visitaram, nesta sexta-feira, dia 10, duas unidades produtivas coletivas-comunitárias das Agroflorestas Urbanas, no bairro Jardim Vitória, região Nordeste de Belo Horizonte.
Os espaços de cultivo, voltados para a produção de alimentos saudáveis, geração de renda e desenvolvimento local sustentável, receberam ao longo deste ano melhorias de infraestrutura e novos equipamentos de proteção e manejo para potencializar o trabalho das agricultoras e dos agricultores.
As entregas fazem parte de um projeto do Movimento Gentileza, que em sua etapa inicial contempla cinco das 43 unidades produtivas existentes na capital: Horta Comunitária Tudo Saudável (Bairro Jardim Vitória); Horta Comunitária Ebenézer (Bairro Jardim Vitória); Horta Comunitária Coqueiro Verde (Conjunto Paulo VI); Horta Familiar do Vitória (Ocupação Izidora); e Horta Comunitária Vila Pinho (Bairro Diamante), além da Feira da Agricultura Urbana.
Ao todo, o município possui mais de 91 mil m² de área cultivada e mais de 300 agricultores cadastrados para a atividade. A iniciativa é realizada em parceria com a Prefeitura, por meio das secretarias de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania e do Meio Ambiente, além da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).
Segundo Ana Laender, as entregas do Movimento Gentileza chegam para somar com um projeto que é exemplo de desenvolvimento sustentável e intersetorial. “Ocupar territórios outrora ociosos com ações que promovam a preservação ambiental, saúde, desenvolvimento social e econômico para as pessoas e para a cidade são atitudes que caminham ao lado dos princípios que carregamos em tudo que fazemos, sempre valorizando espaços e vidas”, afirma.
As ações começaram em janeiro deste ano, quando a Prefeitura de Belo Horizonte recebeu quatro contêineres, disponibilizados para o município como forma de compensação ambiental, para serem utilizados como pontos de apoio aos trabalhadores de unidades produtivas coletivas-comunitárias.
As estruturas, que possuem espaço para almoxarifado e banheiro, ganharam, por meio da iniciativa do Movimento Gentileza, uma varanda coberta e um alpendre, construídos com pilares de eucalipto e telhas ecológicas, equipados com pia e bancada para manejo, fogão à lenha, além de redes de descanso, mesas e bancos, que irão contribuir para uma melhor estrutura de apoio para a produção e distribuição de alimentos saudáveis no município.
Para José Ângelo da Silva, um dos pioneiros da Horta Comunitária Tudo Saudável, as entregas trazem um grande avanço para quem trabalha na produção. “Sempre foi um sonho nosso, moradores da região, cuidar dessa área, que sofria com muitos incêndios, estava devastada. Com a ajuda da Prefeitura, estamos conseguindo unir o útil ao agradável, pois além de recuperarmos o meio ambiente, geramos renda e alimentos de qualidade. O Movimento Gentileza chegou com uma ajuda muito importante, pois agora estamos ainda mais preparados e equipados para seguirmos trabalhando”, comemora.
Além das melhorias na estrutura coletiva para as unidades, cada agricultor foi contemplado, em sua gleba, com a construção de um quiosque de apoio individual, de 2,5m x 2,5m, preparado para o manejo dos alimentos e descanso durante a produção. Eles receberão também um conjunto de equipamentos individuais com chapéus, aventais, luvas, botas e um cesto para transporte dos produtos.
Maíra Colares, secretária Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, destaca a importância do trabalho intersetorial. “Produzir alimentos na cidade já é uma realidade em Belo Horizonte e esse trabalho envolve muitos atores, sejam os agricultores e as agricultoras, que são o elo principal da ação, seja entidades da sociedade civil, parceiros como o Movimento Gentileza, além das várias secretarias municipais, com destaque para as ações integradas com a secretaria de meio ambiente, nas estratégias de sustentabilidade”, ressalta.
Recursos para o meio ambiente
A aquisição dos contêineres compõe a estratégia de promoção de sistemas alimentares urbanos, para a produção de alimentos saudáveis e agroecológicos. O processo de compensação ambiental é conduzido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, por meio do projeto “Agroflorestas Urbanas”, realiza a doação de insumos e equipamentos.
“Por entendermos o grande potencial que tem os sistemas agroflorestais para a requalificação e regeneração de áreas verdes, ao mesmo tempo que potencializa a participação social, temos priorizado a destinação de recursos advindos das compensações ambientais para essas atividades. No intuito de consolidar as agroflorestas, os recursos também apoiam o trabalho no plantio de mudas de árvores, na aquisição de ferramentas e na ampliação da assessoria técnica”, completa o secretário municipal de Meio Ambiente, Mário Werneck.
Desde outubro, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) iniciou obras em quatro hortas comunitárias da cidade, com o objetivo de melhorar as instalações físicas dos locais. Estão sendo feitas instalações das coberturas de telha ecológica, de fogão à lenha, colocação de piso, pias e de mobiliários físicos.
Os serviços são executados conforme as necessidades e diretrizes de toda a equipe do Movimento Gentileza, e parte das tarefas é executada com a ajuda dos próprios agricultores.
Os trabalhos já foram concluídos na hortas comunitárias Horta Tudo Saudável no Jardim Vitória, Horta Comunitária Ebenézer na Avenida Magenta e na Horta Familiar do Vitória que fica na ocupação Vitória- Izidora. Atualmente as obras estão sendo feitas na Horta Comunitária Coqueiro Verde, no bairro Paulo IV.
Sobre o Movimento Gentileza
Em cinco anos de atuação em Belo Horizonte, o Movimento Gentileza trabalha com a realização e apoio a diversas ações que contribuem para uma cidade mais gentil com a cena urbana e os cidadãos, sempre em parceria com o poder público municipal e a iniciativa privada.
Idealizado e coordenado pela voluntária social Ana Laender, o Movimento é responsável por diversas iniciativas que levam afeto e novas experiências às pessoas, sobretudo, aos residentes em Instituições Filantrópicas de Longa Permanência (ILPIs). Seus projetos se dedicam à inclusão social e cultural do ser humano e promovem também a requalificação do espaço urbano, bem como a preservação e a valorização da memória da cidade.