13 November 2023 -
Vistoria realizada pela Secretaria Municipal de Saúde em outubro mostra que 1,4% dos imóveis de Belo Horizonte possuíam a larva do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya. As avaliações foram realizadas em cerca de 88 mil locais da capital e fazem parte do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa). O indicador de BH é considerado de médio risco. Caso o índice seja ≥ 4,0%, o risco é considerado alto. De 1,0% a 3,9% o risco é médio e <1,0% é baixo risco.
De acordo com o Ministério da Saúde, o índice recomendado para minimizar uma possível epidemia é de até 1%. Cabe reforçar que, durante todo o ano, o município adota diversas medidas para reduzir a ocorrência de casos de arboviroses, ou seja, de dengue, zika e chikungunya.
O LIRAa apontou ainda que 86,9% dos focos estão em ambiente domiciliar. Além disso, o levantamento também indicou os criadouros predominantes em cada área, sendo os três principais: 33,1% em pratinhos de plantas, 21% em inservíveis (embalagens de algum produto) e 8,9% em recipientes domésticos. Confira o resultado por regional de Belo Horizonte:
Regional | LIRAa |
Barreiro | 1,0 |
Centro-Sul | 0,5 |
Leste | 2,7 |
Nordeste | 1,8 |
Noroeste | 1,1 |
Norte | 1,0 |
Oeste | 0,8 |
Pampulha | 1,6 |
Venda Nova | 2,2 |
BELO HORIZONTE | 1,4 |
A Prefeitura de Belo Horizonte mantém as ações de vigilância e combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti durante todo o ano. Os Agentes de Combate a Endemias (ACE) percorrem os imóveis reforçando as orientações sobre os riscos do acúmulo de água e que podem se tornar potenciais criadouros do mosquito, além de orientar sobre como eliminar os criadouros e, se necessário, fazer a aplicação de biolarvicidas. Em 2023, foram realizadas até o momento, mais de 4 milhões de vistorias.
Há também a aplicação de inseticida a Ultra Baixo Volume (UBV) para o combate a mosquitos adultos, que transmitem o vírus, em áreas com casos suspeitos de transmissão local e também após avaliação ambiental pelas equipes da Zoonoses. Em 2023 foram realizadas ações em cerca de 45 mil imóveis.
Outra ação é o monitoramento de focos através do uso de drones, que são utilizados para a captação de imagens e aplicação de larvicida diretamente nos locais de risco. Até o momento, foram realizados 87 sobrevoos com a identificação de aproximadamente 20 mil prováveis focos, considerando as nove regionais do município.
Wolbachia
A utilização do método Wolbachia é outra ação que segue em andamento em Belo Horizonte. O método é complementar às demais ações de controle e prevenção da dengue, zika e chikungunya. Trata-se de uma bactéria que não pode ser transmitida para humanos ou animais. Os mosquitos que carregam esse microorganismo têm a capacidade reduzida na transmissão das arboviroses, diminuindo o risco de dessas doenças. Cabe esclarecer que esse método não envolve qualquer modificação genética do vetor Aedes aegypti.
EducaZoo
Outra ação educativa da Secretaria Municipal de Saúde, realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, é o projeto EducaZoo. O objetivo é levar orientações aos alunos de escolas municipais da capital para que eles atuem como multiplicadores das informações.
A abordagem a esses assuntos é realizada de forma divertida e descontraída, com jogos de trilha do saber e memória, dominós, cruzadinhas e caça-palavras. São feitas ainda apresentações do grupo MobilizaSUS.