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Fachada do edifício Sulacap
Foto: Adão de Souza

PBH autoriza contratação para projetos de demolição do Novo Sulamérica - Sulacap

criado em - atualizado em

A Prefeitura de Belo Horizonte autorizou a contratação direta por dispensa de licitação de serviço especializado para elaborar projetos de engenharia para a demolição do Edifício Novo Sulamérica -  Anexo ao Conjunto Sulacap-Sulamérica (Avenida Afonso Pena, 981, Centro) e implantação de uma praça no local. O projeto faz parte do programa de requalificação do Centro da capital, o Centro de Todo Mundo.

O trabalho a ser elaborado deverá utilizar os processos, tecnologias e metodologias referentes à Modelagem da Informação da Construção – BIM. Serão investidos aproximadamente R$ 94,9 mil neste projeto. O prazo de execução do serviço é de 90 dias, a partir da assinatura da primeira ordem de serviço. A supervisão do contrato será da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).

A empresa que realizará o trabalho é a Potenza Soluções Prediais e Facilities Ltda e a contratação está amparada pelo artigo 75, inciso I, da Lei 14.133/2021.Por se tratar de um baixo valor, a legislação não exige a realização de uma licitação. Ainda assim, foi feito um processo pelo sistema do governo federal (compras.gov.br), uma espécie de pregão simplificado, em que houve a participação de 20 empresas, vencendo aquela que ofereceu o menor preço. 

Histórico

O Conjunto Sulacap-Sulamérica foi projetado pelo arquiteto italiano Roberto Capello, em estilo protomoderno. Os blocos cubistas eram ladeados por dois edifícios menores, havendo um vazio entre eles possibilitando uma perspectiva interessante do viaduto Santa Tereza. O objetivo do projeto era o de formar dois prédios iguais, simetricamente opostos, com as torres estrategicamente posicionadas para se harmonizarem com o entorno.

A construção do Conjunto Sulacap-Sulamérica foi concluída em 1940 e, décadas depois (nos anos 70), foi construído um anexo ligando os edifícios Sulacap e Sulamérica, que teria lesionado a arquitetura e o urbanismo histórico do local.

Recentemente, foi editado o Decreto Municipal 18.267, que declarou de utilidade pública, para fins de desapropriação de seu pleno domínio, os imóveis do Edifício. Diante disso, a contratação atende ao decreto. Nos termos do Planejamento Integrado do Empreendimento (PINE), é de suma importância para Belo Horizonte a preservação desse conjunto arquitetônico já que a sua história está intrinsecamente relacionada à memória do município, bem como da  população.