Pular para o conteúdo principal

Carro da Guarda Municipal ao lado de dois guardas municipais observando o trânsito.
Foto: Divulgação PBH

Operações de trânsito e de fiscalização inibem infrações e aumentam a segurança

criado em - atualizado em
Com o apoio das polícias Civil e Militar e do Juizado da Infância e da Juventude, a Prefeitura de Belo Horizonte realiza operações especiais para reduzir o número e a gravidade dos acidentes de trânsito e intervir em cenários de desordem urbana da cidade. 


As intervenções, realizadas em áreas de grande concentração de bares, são voltadas para o combate à embriaguez ao volante e à venda de bebidas alcoólicas para adolescentes, além de  garantir o respeito à legislação urbanística. 


A primeira blitz foi realizada em outubro na rua Alberto Cintra, bairro União, Regional Nordeste. A ação foi coordenada pela Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção, por meio da Guarda Municipal de Belo Horizonte e do Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH). O COP-BH é responsável pelo planejamento das ações, pelo monitoramento do local por meio de câmeras em tempo real e, ainda, pelo balanço ao final das operações.


O secretário municipal de Segurança e Prevenção, Genilson Ribeiro Zeferino, explica que a escolha da rua Alberto Cintra como palco da primeira blitz se deu com base na constatação de que muitas vítimas de acidentes ocasionados pela mistura de álcool e direção voltavam de bares daquela área. “Apuramos também que a via chegava até a ter a circulação de veículos suspensa, devido à grande concentração de pessoas. A presença de vendedores ambulantes e a ocupação irregular de calçadas, com mesas e cadeiras, também eram motivos de reclamações”, revela.



Álcool e direção

Para garantir a eficácia das abordagens, a BHTrans implantou vários bloqueios nos cruzamentos da rua Alberto Cintra para impedir que motoristas se desviassem da blitz. A estratégia atingiu seu objetivo, o que permitiu aos agentes identificar até um evento que estava sendo realizado sem licenciamento, onde aproximadamente 30 adolescentes faziam uso de bebida alcoólica. O evento foi autuado pelos fiscais da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas e encerrado.


As vistorias nos bares, para observar o cumprimento do Código de Posturas,  resultaram em 17 orientações a proprietários de estabelecimentos comerciais para adequações e duas autuações de veículos de lanche rápido, devido à ocupação irregular da calçada e perturbação do sossego.


 A Guarda Municipal se uniu à Polícia Militar na fiscalização do trânsito em toda a região, fazendo mais de 173 abordagens, com 19 motoristas sendo autuados por embriaguez ao volante ou pela recusa ao teste do bafômetro; seis por dirigir veículo falando ao celular; cinco por estacionamento irregular; duas por falta de documentos; quatro por dirigir sem cinto de segurança e duas por transitar pela contramão. Houve duas remoções de veículos estacionados em pontos de embarque e desembarque de passageiros.



Pampulha

Na segunda operação integrada, ocorrida em novembro, a ação teve como alvo os bares da avenida Fleming, no bairro Ouro Preto, Regional Pampulha. Outro local identificado pela grande concentração de bares e similares, com elevado número de eventos que motivavam reclamações por parte da população.


Durante a operação, que acabou ocorrendo em dois dias consecutivos, a Guarda Municipal emitiu 67 autuações por infrações de trânsito, incluindo um caso de condutor inabilitado. A maioria, no entanto, foi por estacionamento em local proibido. Um homem que tinha mandado de prisão em aberto por não pagar pensão alimentícia acabou sendo conduzido ao sistema prisional. Pelo menos 11 veículos precisaram ser removidos pela BHTrans.


Dos 31 estabelecimentos visitados pelo Juizado da Infância e da Juventude, nenhum registrou a presença de jovens consumindo bebida alcoólica ou qualquer outro tipo de irregularidade. Fiscais da Prefeitura autuaram dois imóveis para regularização de suas atividades como estacionamento, e outros dois por falta de alvará.



Próximos passos

Para a diretora do Centro Integrado de Operações, Geórgia Ribeiro, os resultados dessas operações foram considerados bastante satisfatórios. “O COP-BH desenvolve todo um trabalho antes, durante e depois da operação e isso nos permite aperfeiçoar cada vez mais as abordagens”, explica.


Ela conta que a integração é mantida em todas as fases, para que cada parceiro possa fazer suas sugestões e avaliações, o que inclui definir até os próximos passos, como a escolha do local e a data de uma nova operação.  Essa sintonia permanece durante o andamento de cada blitz, para que o trabalho de uma instituição se some ao da outra, completando os ciclos.


Permite, por exemplo, que após um motorista ser autuado por dirigir sob efeito de álcool, ele seja conduzido diretamente à delegacia de plantão do  Departamento de Trânsito (DETRAN). E permite ainda que, caso não haja outro condutor apto a dirigir o veículo com a autorização do proprietário, o carro seja removido pela BHTrans para o pátio da Polícia Civil. 


Como o monitoramento da operação é feito em tempo real pelo COP-BH, por meio das câmeras, todos os envolvidos mantêm-se informados até sobre a previsão meteorológica e ainda têm a chance de compartilhar informações variadas com os parceiros, por meio de grupos criados em aplicativos de celular. 


O balanço final também fica a cargo do Centro de Operações, que reúne os relatórios apresentados pelas instituições e soma os resultados. “Este balanço é usado para avaliar os pontos positivos e aperfeiçoar as operações futuras”, conclui Geórgia.

 

06/12/18. Operações integradas. Fotos: Divulgação/GMBH