28 December 2022 -
O Hospital Metropolitano Odilon Behrens (HOB) apresentou os resultados preliminares do Projeto Reab (Reabilitação) iniciado em setembro deste ano. O Reab é um projeto de reabilitação de pacientes de longa internação realizado em parceria com o Hospital Sírio-Libanês, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), do Ministério da Saúde.
O projeto foi implementado na unidade de Clínica Médica do HOB, que conta com 57 leitos, e teve o objetivo de otimizar o atendimento a pacientes de longa permanência em três processos dentro do hospital: admissão, internação e alta. Além da equipe da Clínica Médica, foram mobilizados os profissionais da Unidade de Cuidados Intensivos Adulto (UCIA) - setor de origem da maioria dos pacientes que permanecem por longos períodos hospitalizados -; além de equipes multiprofissionais, como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e serviço social; e áreas de apoio como laboratório, unidade de diagnóstico por imagem e o Núcleo Interno de Regulação (NIR), responsável pela gestão de leitos do hospital.
Em relação ao tempo de internação em CTI, foi observada uma taxa de permanência média de 6,38 dias, bem abaixo dos 10 dias da média nacional. Na Clínica Médica, a taxa de permanência teve queda de 10,43 dias, no início do projeto, para 9,26 dias.
Na gestão de leitos, o principal resultado observado foi a melhoria de comunicação e relação entre os setores da enfermaria da Clínica Médica, UCIA e NIR, priorizando ações educativas da equipe, resultando em uma melhor colaboração entre os funcionários, encaminhamentos e resolução de pendências de forma mais ágil, reduzindo o tempo de atendimento, avaliação multiprofissional e internação dos pacientes.
Em termos de organização de informações gerenciais, o Reab possibilitou a criação e utilização de novas formas de captação e organização de dados. Foram desenvolvidas ações de melhoria na comunicação entre a enfermaria, o CTI e o NIR; ações educativas e organização da equipe para aplicação da Escala de Barthel, um método de avaliação das atividades da vida diária que mede a independência funcional do paciente em seu cuidado pessoal, mobilidade, locomoção e eliminações fisiológicas.
Entre os ganhos percebidos na rotina de trabalho está a agilidade e segurança no processo com a implementação do formulário de alta segura e o uso da escala de Barthel, possibilitando melhor circulação de informações entre as equipes para atender mais rapidamente às demandas do paciente e prepará-lo para a alta hospitalar. A relação entre a previsão e a efetivação da alta teve uma evolução e fez com que 52,9% das altas do período estudado ocorressem na data calculada. A previsão de alta é influenciada por intercorrências clínicas, transferências internas e externas e altas a pedido, quando o próprio paciente solicita sua saída do hospital.
Para a superintendente do Complexo HOB, Ana Augusta Pires Coutinho, os resultados foram satisfatórios e trouxeram aprendizado tanto para a equipe quanto para os consultores, que tiveram, pela primeira vez, uma implantação do projeto em uma unidade complexa e diversa com 57 leitos. “Ver esses resultados é muito animador. Então, é parabenizar e agradecer imensamente a todos vocês. Nós vamos continuar atentos. É difícil, mas recompensador conseguirmos chegar em um resultado que surpreendeu positivamente”, agradeceu.