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Obras de Fayga Ostrower são reunidas em mostra digital
Foto: Arquivo Nacional/Divulgação

Obras de Fayga Ostrower são reunidas em mostra digital

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O Museu de Arte da Pampulha (MAP) realiza a mostra digital “Fayga Ostrower”, com obras da artista plástica doadas pelo Instituto Fayga Ostrower em comemoração ao seu centenário de nascimento. A data, registrada durante a pandemia pela Covid-19, teve sua celebração ampliada para 2021, quando o instituto deu continuidade a um programa de doação de obras da artista para museus públicos brasileiros.

 

Unidades museais de todo o país receberam desenhos, aquarelas, gravuras em metal, xilogravuras, litografias, matrizes de madeira e metal e serigrafias de Fayga Ostrower (1920-2001), além de diversas publicações sobre a artista que também atuou como educadora e crítica de arte. As 73 obras doadas ao MAP, sendo 59 selecionadas para a mostra, subsidiam a pesquisa e desenvolvimento da exposição virtual “Fayga Ostrower”, que conta com curadoria da artista e pesquisadora Hortência Abreu. A exposição pode ser acessada no site do projeto Pampulha Território Museus.

 

Nascida na cidade de Lodz, Polônia, Ostrower chegou ao Rio de Janeiro, em 1934, depois de ter emigrado para a Alemanha e para a Bélgica com sua família. Com a perseguição nazista   aos judeus na Alemanha, a família se muda para o Brasil. A experiência como refugiada desperta na artista a crítica social presente em muitas de suas obras e ações, como os cursos ofertados para operários e centros comunitários.

 

Fayga Ostrower foi reconhecida internacionalmente como ilustradora, gravadora, desenhista, pintora e professora, com destaque para o seu desenvolvimento teórico sobre a arte, seus conceitos e possibilidades, especialmente a arte abstrata. A artista, premiada em todo o mundo, participou de exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior, onde também lecionou em cursos de graduação e pós-graduação.

 

Belo Horizonte recebeu Fayga Ostrower em diversas ocasiões. Exposições individuais na Galeria Guignard (1964, 1975 e 1980) e coletivas no Museu de Arte da Pampulha (1958 e 1961) trouxeram a artista para a capital mineira, assim como atividades na Escola de Arquitetura e na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, entre 1968 e 1970.

 

“O conjunto de obras de Fayga Ostrower, que agora integra o acervo do Museu de Arte da Pampulha, contribui para fortalecer esse importante acervo público municipal. Ao ampliar a presença da artista no MAP, a doação também reforça e abre novas frentes e oportunidades de pesquisa, desenvolvimento de exposições e processos educativos envolvendo o fazer da gravura na cidade”, avalia a diretora de Museus da Fundação Municipal de Cultura, Janaina Melo.