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Foto da congadeira e cozinheira Tia Neusa
Foto: Renca Produções/Divulgação

Novos episódios da série “Histórias de Alimentar a Alma” serão lançados este mês

criado em - atualizado em

Congadeira e cozinheira de mão cheia, Tia Neusa, da Guarda de Congo Feminina de Nossa Senhora do Rosário, narra sua ligação com o ato de preparar o alimento para os participantes do tradicional festejo no primeiro dos três novos episódios da série de vídeos “Histórias de Alimentar a Alma”, que serão lançados neste mês como parte da programação do Circuito Municipal de Cultura. 

 

Projeto realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Centro de Intercâmbio e Referência Cultural (CIRC), o Circuito está atualmente em sua segunda edição, com programação contínua que pode ser acompanhada pelo site circuitomunicipaldecultura.com.br. 

 

Aos 73 anos, Neusa Pereira Teixeira é uma das matriarcas e fundadoras da primeira Guarda de Congo Feminina de Nossa Senhora do Rosário, do Bairro Aparecida, na região Noroeste de Belo Horizonte.  Nascida de um ventre Congadeiro, dançante e cozinheira da Guarda, ela herdou o posto após a morte de sua madrinha. 

 

Há 45 anos, ela cozinhava pela primeira vez ocupando essa função, já para mais de 500 pessoas, numa festa de sua comunidade. Para ela, cozinhar é um ato de amor e fé. E a receita que todo mundo elogia, e que ela compartilha neste episódio, é o tradicional prato de frango com arroz, feijão, macarrão e salada. 

 

O episódio Tia Neusa - Comida de Congado vai ao ar nesta quarta-feira, dia 4, às 18h. 

 

O episódio seguinte apresenta a receita de peixe assado na brasa e peixe na folha de bananeira, tradição da Aldeia Sede Pataxó, na Fazenda Guarani, no município de Carmésia (MG).  A reserva indígena, onde vivem cerca de 450 Pataxós, é liderada pelo Cacique Mesaque. Seu sogro, Orú, é quem nos conta a sua história e da comunidade, enquanto prepara e ensina as duas receitas no episódio que será lançado no dia 11 às 18h. 

 

As comunidades de etnia pataxó são de origem do interior da Bahia. Com a criação de uma reserva indígena no município de Carmésia, no interior de Minas  Gerais, quatro aldeias se estabeleceram nesse território, dentre elas Aldeia Sede Pataxó e Kaña Mihay. No local, realizam projetos de melhoria de qualidade de vida e com escolas indígenas que almejam a manutenção e valorização dos seus ancestrais, bem como resgate da língua matriz e suas manifestações culturais. 

 

Na semana seguinte, no dia 18, também às 18h, é o Pai Sidney de Oxóssi quem ensina uma bebida feita para os Orixás, comumente servida nos rituais do candomblé, o Aluá. Sidney Ferreira da Silva, conhecido como Bàbálóriṣà Sidney Ti Ọ̀ṣọ́ọ̀si, é o sacerdote à frente do terreiro de candomblé Quetu Ilé Wọpọ Olójúkàn, localizado em Belo Horizonte. É bacharel e licenciado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, escritor e pesquisador, foi agraciado, em 2020, com o Prêmio Mestre da Cultura Popular, realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura.  

 

É ele quem ensina o preparo e compartilha sobre a tradição do Aluá, bebida fermentada a partir do milho, gengibre, canela, cravo e rapadura, para a qual a fermentação deve ser feita em um pote de barro.  

 

Sobre o “Histórias de Alimentar a Alma” 

 

A série “Histórias de Alimentar a Alma” é uma das ações do projeto Territórios Culturais - que visa ampliar as ações do Circuito Municipal de Cultura nas nove regionais de Belo Horizonte e promover a valorização dos artistas locais nas mais variadas linguagens contemporâneas e tradicionais. Nesta segunda temporada da série, serão mostradas diversas histórias e receitas que estão diretamente ligadas à culinária dos festejos populares e tradicionais. 

 

Sobre o Circuito Municipal de Cultura 

 

Lançado em dezembro de 2019, o Circuito Municipal de Cultura é um projeto estratégico da Prefeitura de Belo Horizonte, e mantém, nesta nova etapa, iniciada em julho de 2021, o compromisso de oferecer programação cultural de qualidade, com atrações gratuitas e para todas as faixas etárias. O Circuito já realizou 329 apresentações, alcançando um público de mais de 635 mil pessoas, e contou com a participação de mais de 1.748 trabalhadores, entre artistas, mestres da cultura popular, produtores e técnicos, reforçando seu importante papel de fomento, principalmente no período da pandemia de Covid-19. 

 

Circuito nas redes

 

YouTube da Fundação Municipal de Cultura: youtube.com/canalfmc
Instagram do Circuito Municipal de Cultura: instagram.com/circuitomunicipaldecultura
Facebook do Circuito Municipal de Cultura: facebook.com/circuitomunicipaldeculturabh
Site do Circuito Municipal de Cultura: www.circuitomunicipaldecultura.com.br
 

Serviço


“Histórias de Alimentar a Alma” - Episódio 3 - Guarda de Congo de Nossa Senhora do Rosário - Tia Neusa - Comida de Congado 
Quando: 4 de agosto, quarta-feira, às 18h
Onde: Instagram, YouTube, Facebook e site

 
“Histórias de Alimentar a Alma” - Episódio 4 - Aldeia Sede Pataxó - Receita Peixe na Brasa e Peixe na Folha de Bananeira 
Quando: 11 de agosto, quarta-feira, às 18h
Onde: Instagram, YouTube, Facebook e site

  
“Histórias de Alimentar a Alma” - Episódio 5  - Pai Sidney de Oxossi - Bebida Aluá
Quando: 18 de agosto, quarta-feira, às 18h
Onde: Instagram, YouTube, Facebook e site